Luanda - O Governo da Província de Luanda vai cobrar taxas pelos serviços de limpeza e saneamento, de forma a potenciar a receita necessária para uma melhor execução destes encargos. A novidade insere-se num novo plano de limpeza urbana, a iniciar ainda este mês.

Fonte: NJ

O anúncio foi feito hoje pelo governador da província de Luanda, Higino Carneiro, na abertura da primeira reunião do Conselho Provincial de Auscultação da Comunidade, que abordou essencialmente a situação da febre-amarela e da malária na capital, bem como o Plano Provincial de Limpeza Urbana.

 

Presente no encontro, o secretário de Estado do Ambiente, Syanga Abílio, precisou que os cidadãos passarão a pagar um valor mensal entre quinhentos e dez mil kwanzas, de acordo com a sua zona de residência.

 

“Neste momento, fizemos uma avaliação e uma estratificação em termos de residência e bairros. Significa que quem vive no Miramar e Alvalade não vai pagar o mesmo que o cidadão que vive no Cazenga ou Cacuaco, porque nós conhecemos a nossa realidade e a situação em que vivem os nossos compatriotas nestes bairros, embora produzam maior quantidade de lixo”, adiantou o responsável.

 

Por sua vez, Higino Carneiro esclareceu que a dinâmica actualmente em vigor deverá continuar até que a situação esteja estabilizada. "Exorto a população para continuar a proceder e a agir da mesma maneira, até começarmos a verificar a normalização na prestação dos serviços de limpeza e recolha de resíduos sólidos na província", referiu o governante.

 

O também responsável da Comissão Administrativa de Luanda adiantou também que as autoridades vão trabalhar com os órgãos afins, nomeadamente a comunicação social e empresas contratadas, na divulgação e capacitação dos munícipes sobre as formas e os métodos a serem usados para que "cada um cuide e pague o lixo que produz".

 

Higino Carneiro lembrou que o lixo é uma das causas do surto de febre-amarela que a capital enfrenta, desde finais de Dezembro do ano passado, com um saldo, até terça-feira, de 230 mortos num total de 1.645 casos.