Lisboa - A recente morte, resultante de uma rixa entre grupos rivais, na cadeia de Caboxa, na província do Bengo está a ser atribuída a uma suposta culpa da “ignorância do novo director” daquela estabelecimento prisional que estaria a ignorar os apelos da população prisional.
Fonte: Club-k.net
Condições desumanas e maus tratos nas prisões angolanas
As culpas foram atribuídas por reclusos - que através dos seus familiares - fizeram circular cartas abertas nas redes sociais descrevendo os maus tratos e condições desumanas por que passam na cadeia de Caboxa.
Os reclusos alegam que há mais de duas semanas estavam a solicitar uma audiência com o diretor identificado por “Moniz”, mas que se recusava atender aos pedidos. Os reclusos queriam transmitir a sua posição devido aos maus tratos por que passam naquela estabelecimento prisional. Alegam que ficam muito tempo sem sair das celas e “quando alguém comete, são os outros que depois pagam”.
Os reclusos queriam também questionar ao diretor quem são os donos da cantina que ficam naquele estabelecimento prisional e o porque que os seus familiares são obrigados a comprar a sexta básica neste estabelecimento comercial.
Segundo os reclusos, por terem sido ignorados, dois grupos procuraram chamar atenção no passado dia 4 de Março resultando na morte de um de um recluso de nome Juster, e o ferimentos em mais sete, a margem de uma rixa entre dois grupos de rivais.
Alega-se que o malogrado Juster, 23 anos de idade, é filho de um procurador militar das FAA. Estava a cumprir uma pena de 12 anos por crime de tentativa de homicídio. O mesmo já estava inserido no sistema de trabalho social útil e era da confiança do diretor Moniz.
Um outro preso identificado apenas por “Justino” esta gravemente doente ficou com o rosto desfigurado por lhe terem enfiado com um ferro ponteagudo que perfurou-lhe buchecha a perdendo alguns dentes.
Os reclusos numa das cartas exigem a exoneração do diretor Muniz para “não acontecer o pior”, conforme escrevem.