Lisboa - Condenados pelo Tribunal Provincial de Luanda a penas entre 14 e 17 anos de prisão efectiva, os réus do ‘’caso Cassule e Kamulingue’’ poderão ver agravados os castigos na sequência do recurso ao Tribunal Supremo, soube-se de fonte judicial.

Fonte: Club-k.net 

Sem ter avançado o tempo de prisão estabelecido pelo TS, a fonte confirmou que os arguidos, que até chegaram a beneficiar de uma redução do enquadramento do crime (homicídio simples ao invés de qualificado), debatem-se com este efeito dominó após recurso interposto.

 

A fonte revelou que o Tribunal Supremo ‘’tratou de fazer justiça’’, assinalando que as penas ora definidas deverão andar próximas da pena máxima. ‘’Esta decisão deve ser tornada pública nos próximos dias’’, sustentou, para mais adiante realçar que, no plano político, esta ‘’correcção’’.

 

Alves Kamulingue e Isaías Cassule foram raptados na via pública em Luanda, em Maio de 2012, por efectivos da Polícia Nacional quando tentavam organizar uma manifestação de veteranos e desmobilizados contra o Governo de José Eduardo dos Santos, do MPLA.

 

Dois destes elementos (entre os quais Benilson Bravo da Rosa ) foram condenados à revelia e um outro, que também estava acusado neste processo, acabou por ser absolvido pelo colectivo de juízes. Um outro elemento, que também chegou a estar detido preventivamente, morreu entretanto.

 

Um dos condenados, neste caso a 17 anos de prisão é António Manuel Gamboa Vieira Lopes, que exercia funções de chefia no Serviço de Inteligência e de Segurança do Estado, em Luanda.