Luanda – Como temos vindo a anunciar, e em conformidade com informações do Secretário para as Relações Exteriores da CASA-CE, Evaristo da Luz, nos últimos tempos remonta o interesse da comunidade internacional em conhecer com profundidade qual a visão da CASA-CE e do seu Presidente Abel Chivukuvuku sobre Angola.

Fonte: Club-k.net
Assim, num espaço de menos de 15 dias e depois do encontro mantido entre a CASA-CE com os países mais avançados da Europa, EUA e a União Europeia de que já fizemos referência, seguiram-se reuniões de consulta bilaterais entre os representantes dos Estados Unidos da América e a CASA-CE, na sede da presidência da CASA-CE.

Dia 25 de Abril, pelas 14h00, uma delegação da CASA-CE composta por Carlos Kandanda, membro do Conselho Presidencial e 4º Vice-Presidente da Assembleia Nacional, Evaristo da Luz, secretário para as Relações Exteriores, Carlos Pinho e Samuel Chivukuvuku, membros do Gabinete Técnico Eleitoral (GATE), foram recebidos pelo representante residente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Max Alier, nas instalações do FMI, em Luanda, a luz da negociação do Programa de Financiamento Ampliado (PFA) entre o FMI e o governo de Angola.

Na circunstância, a delegação da CASA-CE apresentou um Memorando ao FMI sobre as questões mais importantes e áreas consideradas prioritárias que devem ser tidas em conta nas presentes negociações, para a saída da crise actual, extraídas do conteúdo de propostas apresentadas e descortinadas pelo Presidente Abel Chivukuvuku em Fevereiro do corrente ano.

Com efeito, na visão da CASA-CE e de acordo o Presidente Abel Chivukuvuku, Angola precisa com urgência:

1. Materializar o projecto da descentralização politica e desconcentração administrativa, visando a libertação de iniciativas e da criatividade dos cidadãos.

2. Diminuição do papel do Estado na economia, particularmente nos sectores do comércio, serviços financeiros, seguro e indústria.

3. Democratização e liberalização das oportunidades; acabar com a partidarização e exclusão nas oportunidades de financiamento das iniciativas e projectos dos cidadãos e considerar apenas a viabilidade técnica e económica dos projectos.

4. Combate sério e determinado contra a corrupção, clientelismo, nepotismo, e desperdício. Correcção progressiva das assimetrias regionais e valorizar as potencialidades territoriais. Equilibrar o nível de desenvolvimento entre as províncias da costa com as do interior médio e interior profundo.

5. Imposição de impostos acrescidos para os produtos de luxo e produtos da cesta básica que estão a ser progressivamente produzidos no país.

6. Identificação, definição e potenciação da vocação económica de cada província.

7. Adopção de um Plano Nacional Populacional (PNP), implementado por via da criação de pólos económicos de atracção dos cidadãos para o interior do país, visando equilibrar a distribuição populacional, reduzir a pressão demográfica nas províncias costeiras e particularmente viabilizar Luanda.

8. Introduzir na administração pública, a norma da Discriminação Geográfica Positiva (DGP), do ponto de vista da distribuição territorial de recursos humanos de qualidade e fomento do desenvolvimento rural.

9. Valorização e potenciação dos recursos humanos nacionais. Diminuição da carga da partidarização na indicação de cidadãos para os cargos administrativos e dar prioridade a meritocracia e competência.

10. Governação patriótica, transparente, séria e honesta.

A CASA-CE conforma que se o Executivo do MPLA respeitasse pelo menos 50 por cento do aqui plasmado, Angola não só nunca atingiria o Fundo do Abismo, como os angolanos não estariam enterrados neste “status quo” permanente entre pobreza e miséria.

TODOS POR ANGOLA; UMA ANGOLA PARA TODOS!‎