Porto Amboim – A capitania do porto de Porto-Amboim na provínciia do Kwanza-Sul debate-se com sérios problemas. A falta de verbas está na base da ausência de sinalização em terra para orientar os homens do mar.

Fonte: Club-k.net
Como recurso, tanto a capitania, pescadores e todos que se fazem ao mar têm sido orientados pelas antenas das operadoras de telefonia móvel Unitel e Movicel cuja luz vê-se a longas milhas permitindo distinguir as zonas de proveniência e de destino.

Este facto preocupa o delegado marítimo da capitania do porto de Porto-Amboim, capitão António Manuel da Cruz “Mayombe”: “A sinalização marítima é um problema sério na nossa área de jurisdição. É falta de verbas, não há sinalização marítima está tudo apagado. Pelo menos na nossa área de jurisdição temos três faróis e dois farolíns. Estão inoperantes, até custa-nos falar assim desta forma mas, a verdade é aquela porque todo mundo verifica e há pessoas que nos solicitam: como é que essa situação está, até quando mas, pronto temos a felicidade da Unitel nos ter solicitado para montar tanto em Porto-Amboim como no Sumbe e têm uma luz que dá muita distância, muitas milhas então, sem os faróis vêm-se a braços para entrar”.

Entretanto Mayombe fez saber ainda que a extensão da praia está a encurtar cada dia que passa e algumas infra-estruturas que se encontram na orla marítima podem ser engolidas pelas águas do mar, por isso defende que se façam obras de contenção: “As calemas aqui batem seriamente”.

Praticamente se agente der uma volta aqui a costa, muitas pescarias já desapareceram por causa das calemas. Até hoje algumas construções de alguns restaurantes estão com problemas sérios.

Uns com seus meios próprios tentam salvar uma situação ou outra, metendo pedras fazendo enfim…trinta por uma linha mas que isso, só tinha mesmo que haver uma intervenção a nível das obras públicas”.

António da Cruz Mayombe, sustenta que até as próprias instalações da capitania de Porto-Amboim corre o mesmo risco, pois segundo disse, as instalações estavam a 150 metros do mar e hoje trabalham há 20 metros da água do mar facto que tem originado no tempo das calemas as ondas baterem na parede do edifício.