Luanda - Uma reclusa, cujo nome não pode ser identificado pelo Club-k ficou com a perna quebrada, no dia 26 de Abril do ano em curso, na cadeia de Cavaco em Benguela, na sequência de uma queda do segundo andar para o asfalto da rua, na tentativa de fugir aos espancamentos a que foi alvo, supostamente, por agentes de Intervenção rápida, que controlam a cadeia de alta segurança de Cavaco em Benguela.

Fonte: Club-k.net

Integrada num grupo de cinco presas, todas provenientes da Província da Lunda-Norte cujas penas rondam entre os 18 e 20 anos de pena efectiva, todas acusadas e condenadas de cometimento de crimes de homicídio voluntario e qualificado as reclusas que segundo se apurou foram transferidas para a Comarca de Viana, alegadamente, por causa dos mãos tratos a que eram submetidas naquela Unidade penitenciária, chegaram a Luanda no início deste mês e uma delas apresenta um gesso num dos membros, como resultado do espancamento, protagonizada por agentes policiais.

 

As mesmas acusam a Directora da ala feminina daquele estabelecimento penitenciário de ser cúmplice da brutalidade policial, porquanto, no momento das torturas ela encontrava-se presente e limitou-se em dizer, “batem a gaja, aqui não há direitos humanos. Quem quer direitos humanos que fique em Luanda e aqui é Benguela”.

 

Sabe-se, por outro lado que, a jovem condenada, terá perdido os sentidos seguida de forte hemorragia e ainda assim, a Directora da Unidade penitência, chamada por Suzeth Aguiar Fragoso nada fez para acudir a situação, rematam as reclusas. A demais, a mesma terá, igualmente, sido colocada na sala solitária, durante 63 dias, contrariando a Lei prisional que para esse efeito fala em 21 dias.


De lembrar que os maus tratos nas cadeias do País são um problema constante e ocorrem em todas as cadeias. Recentemente, a Director da Cela feminina, da Comarca de Viana, foi afastada por permitir agressões a uma reclusa, cujas imagens foram reportadas pelo portal Club-K.

 

Outras informações relativas surgiram, recentemente, da Comarca de Viana, onde foram supostamente, agredidas as duas mulheres do mediático caso dos 15+2+1, mormente, Rosa Conde e Laurinda Gouveia, condenadas pelo Tribunal Provincial de Luanda a 4 anos de prisão efectiva por formação de grupo de associação de mal feitores, um processo que aguarda decisão final do recurso interposto pelos advogados de defesa.