Luanda - A igualdade de género sob a emancipação da mulher tem atingido uma dimensão, de sorte que, infelizmente, as mulheres invadiram, também, os púlpitos sob alegação de que é bíblico que uma mulher exerça o sacerdócio, ou seja, que ela pode ser pastora, evangelista, apóstola ou pregadora. Pese embora a bíblia reserve, a penas, tais ofícios aos homens, contudo parece que elas não querem saber, pois segundo a Teologia elas podem pregar. Porém de acordo com a bíblia não. Não existe igualdade de género na bíblia. Entendemos, nesta abordagem, que foi o movimento da emancipação sob o disfarce de uma Teologia Feminista que as colocou nos púlpitos.

Fonte: Club-k.net

Segundo a Bíblia, o homem foi criado macho e fêmea “…e chamou seu nome Adão no dia em que foram criados…” (Gn. 5:1-2). Depois a fêmea (Eva) foi separada do macho (Adão) para que este tivesse companheirismo com ela (Gn. 2:18-22). A partir deste esboço é visível que ambos eram iguais ninguém era superior a outro. Mas, tudo muda quando Eva é enganada pela serpente e, consequentemente Deus diz a ela que multiplicaria grandemente as suas dores de parto e que o seu marido lhe dominaria (Gn. 3:16), deixando vaga á ideia de que antes Adão não a dominava e nem ela teria dor de partos se não desobedecesse a Deus.


Não obstante, no Novo Testamento Paulo segue a mesma perspectiva na 1ª Timóteo no capítulo 2: 11-15 na qual é evidente a posição da bíblia quanto a igualdade de género e, consequentemente, a ordenação feminina, pois “primeiro foi formado Adão e depois Eva…”. Ademais, na mesma epístola Paulo diz: “…Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio…” (1ªTm.2:12).


O Apóstolo dos gentios a quem foi dada a missão de trazer as novas às nações de cujo evangelho as nações serão julgadas (Rm. 2:16) não para por ali, Paulo na Primeira Carta aos Coríntios no capítulo 14: 33-35 afirma: “ …Pois Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos, permaneçam as mulheres em silêncio nas igrejas, pois não lhes é permitido falar; antes permaneçam em submissão, como diz a lei. Se quiserem aprender alguma coisa, que perguntem a seus maridos em casa; pois é vergonhoso que uma mulher fale na igreja…”. Ora não se trata de uma inferência particular, pois a bíblia não se contradiz. Se em Cristo somos um, ao conceber esta passagem não deve ser associada à proposição conclusiva de que a mulher pode, igualmente pregar o evangelho, porquanto a bíblia trás a luz a afirmação de que ela não deve. Dado que se a mulher exercer o sacerdócio ela quebra esta orientação doutrinária nitidamente apresentada pela bíblia. Afinal como podemos entender este fenómeno feminista que reivindica, inclusive o direito ao sacerdócio? Há indício de que, sobretudo no que toca à emancipação, tudo começou em 1893 quando a Suazilândia concedeu o direito de voto às mulheres. Esta febre veio a ser declarada incurável quando este direito foi autenticado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948.


De lá para cá, ela tem pensado que alcançou a verdadeira liberdade, sem ao menos, olhar para as escrituras e entender que este acto marcou, implicitamente, a sua desconexão com o criador por pensar que pode caminhar só. Apesar de a mulher ingressar para a era dos direitos humanos (iguais), ela está longe de imaginar que tais direitos são mais violados (contra ela) que noutrora, como afirma CURY “Os homens controlaram e feriram as mulheres em quase todas as sociedades… Agora, eles produziram uma sociedade de consumo inumana, que usa o corpo da mulher, e não sua inteligência, para divulgar seus produtos e serviços, gerando um consumismo erótico. Esse sistema não tem por objectivo produzir pessoas resolvidas, saudáveis e felizes; a ele interessam as insatisfeitas consigo mesmas, pois quanto mais ansiosas, mais consumistas se tornam” (CURY, 2005, p.7).


Ora, por que a Escritura Sagrada é contra à igualdade de género e o homem é a favor dela? Acaso não está subjacente a influência de forças invisíveis que tendem levar a humanidade ao desespero ao conduzi-la além do que o livro mais sagrado de todos os tempos exorta? Se assim for é previsível o futuro que nos espera!


Se uma das pedras angulares para a edificação da nação mais poderosa do mundo (EUA) foi a liberdade de religião, ou seja, foi o evangelho ortodoxo cuja influência é visível na sua constituição de cujos contornos inspiraram o surgimento da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, hoje por hoje, esta última já não se guia por ela. Porquanto a cabeça do universo (ONU) curvou para uma vereda contrária a do Deus criador presente no preâmbulo da Declaração de Independência Americana.


Tal posição manifestou-se abertamente em 2000 aquando da implementação dos objectivos do milénio, um dos quias recomendava a igualdade de género através da emancipação da mulher como meta. A partir dai, a humanidade mostrou-se, explicitamente ser contrária aos princípios bíblicos, inclusive Angola, pensando que pode triunfar sobre os problemas sociais, políticos e económicos sem a ajuda do Deus dos Judeus. Como Eva deu o fruto a Adão parece que o homem está a pagar o troco pela mesma moeda em todos os quadrantes da vida, levando, a mulher fora da palavra por dizê-la que pode pregar o evangelho.

Ora, qualquer juízo que possa surgir desta abordagem, queremos manifestar intenção de que não pretendemos ser mal compreendido, pois não somos contra a emancipação, mas somos contra a forma que a emancipação é concebida e aplicada, pois a Bíblia diz que os maridos devem amar as suas mulheres como Cristo ama a igreja, portanto a mulher merece ser respeitada e respeitá-la pressupõe coloca-la no lugar que Deus preconizou para ela, pois ela é e será sempre mulher. _

___________________ * Licenciando em Ciências da Comunicação / jornalismo pelo IMETRO.