Luanda - O Presidente da UNITA manifestou-se bastante preocupado com o número elevado de jovens em conflito com a lei e internados no estabelecimento penitenciário da Calomboloca, em Catete.

Fonte: UNITA

Isaías Samakuva que falava aos jornalistas, depois da visita que efectuou à unidade penitenciária considerada extensão das cadeias de Luanda e recentemente construída na terra de Agostinho Neto e Mendes de Carvalho, disse que chamou-lhe a atenção o número elevado de jovens detidos nas unidades prisionais, cujo facto constitui motivo para uma profunda reflexão.

Durante a visita ao estabelecimento de Calomboloca com capacidade instalada de internar 1.500 reclusos e que actualmente conta com 1.400, o Presidente da UNITA trocou impressões com alguns reclusos, que falaram da sua condição.

 

O líder da UNITA manifestou a sua solidariedade aos internados e apelou-os a reflectirem sobre a situação que os obrigou a ficarem privados de liberdade e fazerem um esforço para se emendarem e poderem voltar à vida normal e contribuírem para o desenvolvimento da nossa sociedade.

 

“Errar é humano, mas também não podemos errar sempre”, disse Isaías Samakuva que disse esperar que cada um aproveite a sua estadia naquele estabelecimento para preparar-se para uma vida diferente no seio da sociedade.

 

Além da visita a diferentes alas do estabelecimento prisional, o Presidente da UNITA visitou áreas sociais como padaria, onde é confeccionado o pão para os funcionários e reclusos, o posto médico e as salas de aulas académicas para os internados.

 

O estabelecimento prisional de Calomboloca foi construído numa área, onde não há água, estando em curso esforços virados para abertura de poços artesianos através dos quais se poderá abastecer com o líquido. Até lá a água que é apontada como tendo boa qualidade, chega ao estabelecimento por meios alternativos, como cisternas e colocada em reservatórios para consumo dos funcionários e dos reclusos.

 

A água e a sua qualidade foi uma das preocupações apresentadas ao líder da UNITA pelos reclusos.

 

“Essa água vem dos nossos familiares”, afirmou um recluso, apontando para bidons de 1,5 litro de água mineral que se encontravam na sua cela.

 

Quando se resolver o problema da água, a cadeia de Calomboloca, circundada por terras aráveis poderá conhecer a implementação do Projecto Novo rumo nova oportunidade do Ministério do Interior.