Luanda - As liberdades fundamentais são sucessivamente postas em causa em Angola, e a comunidade internacional que não trabalha com “achismos” mas com dados reais, resultantes de acurada investigação tendo em conta todos os fatores, afirma sucessivamente, que Angola e seu regime no poder há mais de 40 anos, não respeitam a lei, às garantias de proteção e direitos humanos do povo, muito menos respeita os preceitos legais estabelecidos pela constituição fabricada e aprovada pelo MPLA de José Eduardo dos Santos.

Fonte: Club-k.net

Temos vindo a assistir violações dos direitos humanos em Angola desde que os portugueses pisaram o nosso solo, e não temos relatos históricos do que tenham sido, ou como tenham sido as sociedades anterior ao período colonial. Não sabemos se os nossos ancestrais eram mais pacíficos, se eram cordiais, se haviam sociedades organizadas igualitariamente, ou se também haviam reis com um coração carregado do espírito despótico que os nossos atuais governantes angolanos demonstram.

Mesmo não sabendo, eu quero me aventurar e conjecturar, e arrisco dizer que parece que carregamos no sangue o gene da violência e da burrice juntos. Temos outros genes, de certeza absoluta. Mas esses dois são os que mais se destacam na essência do homem angolano.

O meu orgulho negro africano e o meu sentimento pátrio, ainda que de forma equivocada, não me permitem admitir que parece haver algo de errado com o homem negro que parece ter uma tendência maior à subserviência, mas essa é a maior tendência do meu pensamento ao analisar hoje a situação em que se encontram todas as nações da África central e Austral. Porém, o convívio com homens brancos de sociedades também maioritariamente brancas que igualmente sofrem mazelas das más governações, esse conceito que tenho tido tende a cair e dar lugar a dúvidas.

- Será que estou certo?

- Será que a teoria do filme django livre estava correta quando dizia o ator que o homem negro nasceu apenas com duas áreas no seu cérebro, uma de submissão e serviço, e o homem branco nasceu com a submissão, serviço e criatividade. Será que essa teoria é verdadeira? Parece que não, já que no fim o ator dá mostras que o homem negro deu a volta por cima e saiu-se bem na sua disputa contra os brancos. Também não parece ser verdade, porque o domínio dos brancos sobre os negros angolanos terminou com guerra dos negros contra os brancos.

Bom, deixando essas teorias de conspiração à parte, eu estou convicto que tanto brancos quanto negros são iguais sim, em todos os sentidos. A diferença está no nível de civilização e avanço educacional. A falta de avanço civilizacional e educacional torna qualquer povo de qualquer nação subserviente à classe que se submeter pela força das armas contra a maioria.

 

O DIREITO A VIDA

Esse é o principal dos direitos pelo qual existe o direito. É para defender o direito à vida que os seres humanos todos se submetem àqueles que usam da força, inclusive de forma despótica, para tirar do ser humano o direito de viver.

O instinto de proteção à vida é o mais forte no ser humano. A seguir vem o instinto de sobrevivência que se manifesta pela busca de alimento a todo custo, inclusive no canibalismo (homens comendo outros homens) se necessário, pela busca de habitação e abrigo de condições adversas criadas pela própria natureza, e de segurança (parece redundante mas não é).

Então, qualquer governo que usar da forma das armas para atentar contra a vida dos cidadãos do seu estado terá a “fidelidade” de todos e conseguirá abafar as revoltas sociais resultantes da má distribuição dos recursos desejados e procurados por todos os membros daquela sociedade, da justiça e igualdade. O governo angolano, por exemplo, não nos deixa vir a público e gritar contra o estado, de forma nenhuma, assuntos sobre os quais nós, povo sentimos o nosso direito à vida violentado gravemente.

Os governantes angolanos sofrem de uma extrema burrice argumentativa e isso os impede de dialogarem com o seu próprio povo, refugiando-se sempre na dicotómica bipolaridade política caraterística das maiores ditaduras da história. As práticas de quem governa Angola são de uma fina ditadura que não respeita o direito à vida. O estado angolano garante, com a pior das condicionantes, o direito à SOBREVIVÊNCIA, e não a vida.

Qualquer intelectual de verdade, que tenha se dedicado às letras modernas e vivido em sociedades avançadas, posto em Angola sofrerá de um tédio científico muito grande, porque à eles é vedado o direito de expressar qualquer tipo de pensamento que não endeuse o partido que governa Angola e seus líder. Em Angola chega-se mesmo ao cúmulo de cercearem os pensamentos da população, pois se desconfiarem seres membro de algum outro partido ou movimento já passas a ser hostilizado por essa desconfiança. Para se ter algum tipo de destaque sustentável é preciso obrigatoriamente pertencer ao MPLA.

O MPLA (e não a constituição muito menos o estado de direito) é o garante da vida em Angola, e o presidente José Eduardo dos Santos é o criador oficial do oxigênio que todos respiram em Angola. Vive-se em permanente estado de sítio semelhante aqueles filmes de ficção onde a caravana se dirigiu a um planeta distante, e postos lá descobriram que toda a poluição atmosférica é prova de não haver oxigênio, mas naquela conjuntura em que o ambiente natural é desprovido de oxigênio, descobre-se ao longe uma colónia fechada com uma cápsula de vidro blindado, com centenas de guardas munidos de máscaras com tubos oxigenados em volta de toda a extensão territorial, protegendo uma elite minoritária que vive naquela colónia e não sofre os danos que o resto dos cidadãos que viu o planeta sofrer um ataque radioativo e ter sua fauna, flora destruída vive. Essa minoria, é o MPLA, os seus ministros, os seus governadores, e o seu imperador, José Eduardo dos Santos.

Pela força das armas sitiaram o pensamento dos angolanos e obrigam o povo a reprimir os seus sentimentos.

Pela força das armas tiram de circulam os jovens que se manifestam em favor do direito à vida e os enclausuram nas prisões, tal qual faziam a PIDE-DGS dos portugueses e os NAZISTA na Alemanha, o governo seus órgãos de repressão na África do Sul com o Aparthaid.

Enquanto os jovens que apenas liam um livro e têm o desejo legítimo que um homem (ou não, talvez seja ele mesmo um Deus) chamado José Eduardo dos Santos e seu grupo partidário deixe de governar Angola, desejo compartilhado por uma vasta maioria da população, razão pela qual milhares seguiram Jonas Savimbi nas matas a fim de lutarem contra o MPLA, apodrecem na prisão sem o direito à vida e à liberdade para não os importunar influenciando outros, o clero político angolano se alimenta e bebe fartamente, mesmo em tempo de crise, achando ter irradicado a pior ameaça ao MPLA nos últimos tempos: A REVOLUÇÃO E OS PENSAMENTOS LIBERTÁRIOS DOS 17 JOVENS ANGOLANOS QUE SAIRAM ÀS RUAS E DESAFIARAM A UGP, AS FAAS (que a rigor deveriam ser apartidárias) A POLÍCIA NACIONAL, A PIR e o SINFO.

Nunca na história de Angola pôs Savimbi se viu de novo uma coragem tal qual tiveram esses jovens, que não consideraram às suas vidas valiosas, mas literalmente às colocaram à serviço do povo angolano e do solo Angolano. Esse ato dos jovens presos hoje a quem homenageio com esse artigo, lembra-me dos feitos dos grandes nacionalistas angolanos que também lutaram contra o imperialismo português e venceram. Foi o mesmo espírito que os motivou a lutarem contra o sistema colonial português e venceram-no depois de vários anos de batalha.

A história nos mostrou que O DIREITO À VIDA SEMPRE VENCERÁ. Pela vida Lutaram todos os grandes nacionalistas que dia 27 de Maio de 1977, prevendo já um futuro sombrio, tentaram tirar do poder o ditador Antônio Agostinho Neto líder do MPLA, porque um líder que se torna assassino de seus próprios correligionários, não importa sob que pretexto ele o tenha feito, é um ditador assassino. A Gene assassina do MPLA se formou com a sua constituição. O MPLA é o partido que odeia quem deseja viver PARA OS AFRONTAR OU CONTESTAR.

O MPLA insiste em tentar convencer a sociedade que a UNITA é o partido que partiu Angola em pedaços e assassinou os angolanos em tempo de guerra, e por muito tempo, enquanto estudávamos e éramos obrigados a ser da OPA, acreditamos que o Savimbi era um monstro com rabicho (como nos ensinavam) tão mau que era necessário crescermos odiando já os outros angolanos membros da UNITA ou de qualquer outro partido que não fosse o MPLA.

A guerra terminou e nós crescemos. O Savimbi morreu e nós permanecemos vivos. Só que, 40 anos se passaram desde a independência, e depois de 40 anos nada se fez, e as pessoas se foram. Vivemos em guerra até 2002, mas há 14 anos que vemos que pessoas continuam a morrer, a serem presas, continuam vivendo debaixo do medo e das injustiças, corrupção, e má governação. Mas se agora Savimbi não é mais um bicho com rabicho como o pintavam pra nós (e até hoje o MPLA não se desculpou com a sociedade que traumatizou) quem continua então a matar as pessoas ?

As mentiras sempre foram do MPLA e de seus líderes. Eles mentem a todo custo para se manterem no poder por gerações. Mas eles se esquecem que o mesmo DNA que correu neles e os capacitou a lutaram contra o imperialismo português ainda continua nos filhos desse país Angola. HAVEMOS DE VOLTAR, MAS DESTA VEZ AS NOSSAS ARMAS SERÃO OUTRAS.

José Eduardo dos Santos, liberte os jovens e homens que enclausuraste por terem se oposto ao teu governo. Somos muitos que se tivéssemos a chance de viver numa Angola democrática jamais nos submeteríamos a tua liderança, muito menos a do MPLA corrupto. Respeite a vida, respeite à liberdade.

(A CONTINUAR... Direito A liberdade de Imprensa, Direito à manifestação e Direito à livremente lutarmos contra um Partido que está no Poder de forma arbitrária e não nos representa.).

NINGUÉM ENGANA PARA SEMPRE UM POVO, E QUANDO A SOCIEDADE SE ORGANIZA, MESMO QUE A CUSTA DE SAGUE, DEPÕE QUALQUER DITADOR E SEUS IDEAIS.

JOVENS ANGOLANOS NA DIÁSPORA, CONTINUEMOS OS PREPARATIVOS PARA LUTARMOS PELA JUSTIÇA, SOLIDARIEDADE E REFORMAS POLÍTICAS E JURÍDICAS DE ANGOLA.

FAÇAMOS TODOS OS ESFOÇOS EM BUSCA DOS MAIORES LOBBIES PARA QUE NENHUMA NAÇÃO AVANÇADA E FORTE CONTINUE A APOIAR O MPLA E SEU LÍDER JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, E SEJAM CAÇADAS AS FORTUNAS SE SEUS SÚDITOS INVESTIDAS FORA DE ANGOLA E DEVOLVIDAS AO PAÍS.

CHEGARÁ O DIA EM QUE SE SENTARÃO NA CADEIRA DOS RÉUS A FIM DE NOS EXPLICAREM COM DETALHES COMO ENRIQUECERAM TANTO NUMA NAÇÃO COM O POVO EMPOBRECIDO.

Tenho dito.