ImageIrlanda - Um juiz de Dublin, República da Irlanda, suspendeu a pena de prisão de 18 meses que havia sido imposta ao angolano Ernesto Capitão, acusado de ter falsifi cado documentos para benefi ciar de um subsídio de desemprego.

Empregado do Wynnes Hotel, em Dublin, onde aufere um salário seminal de 350 euros, Ernesto Capitão fez-se passar por Luís Pedro Sebastião, declarando-se desempregado e sem meios para sustentar a mulher e os cinco fi lhos do casal.

Entre 18 de Fevereiro de 2003 e 7 de Novembro de 2006 benefi ciou ,«sem qualquer esforço», pois estava oficialmente desempregado, de 60 mil euros. O estratagema usado por Ernesto Capitão é parte de um expediente usado por vários imigrantes na Grã-Bretanha. Tal como muitos outros, o angolano Ernesto Capitão forjou um número de segurança social.

Admitido inicialmente como refugiado politico, e depois como residente, em resultado de um dos seus fi lhos ter nascido na Irlanda, viu a pena convertida no pagamento semanal de uma multa de 20 euros. O que ele não cumpriu.

Levado a tribunal pelo Departamento de Família e Assuntos Sociais, que reclama o reembolso, Capitão caiu nas graças do juiz Patrick McCartan, que o poderia mandar imediatamente para a prisão.

Na posse de informação segundo a qual Capitão nunca se envolveu em problema de espécie alguma, o juiz decidiu dar-lhe uma nova oportunidade. Porém, desta vez ao invés de pagar 20 euros por semana vai pagar 50, até que os 60 mil sejam reembolsados. O juiz elevou o montante que deverá pagar mensalmente para, por um lado o punir, e por outro por ter sido informado que Capitão ele agora aufere de um salário semanal de 450 euros.

Ernesto Capitão ignorava que estava a se objecto de uma investigação policial. Quando confrontado com as provas, admitiu a culpa e revelou tintim por tintim como defraudou o Estado irlandês.

Fonte: Semanario Angolense