Luanda - O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, enalteceu hoje os "esforços" de Portugal para ultrapassar as dificuldades económicas e financeiras numa mensagem enviada  ao chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Fonte: Lusa

A informação consta de uma nota da Casa Civil do Presidente da República, aludindo à mensagem que José Eduardo dos Santos enviou ao homólogo português a propósito do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, assinalado a 10 de Junho.

 

Na nota, divulgada pelos órgãos de comunicação social estatal de Luanda, são destacados "os esforços" realizados por Portugal "para a superação das dificuldades económicas e financeiras" e reiterado "o desejo do Governo angolano, de reforçar os laços de amizade e de cooperação entre os dois países".

 

A mensagem do Presidente angolano surge numa altura em que também Angola está mergulhada, há cerca de um ano, numa profunda crise financeira e económica, devido à quebra nas receitas com a exportação de petróleo.

 

A situação, segundo a Associação Industrial de Angola, levou à destruição de mais de 60.000 empregos no último ano, mas também ao regresso de milhares de expatriados aos países de origem, nomeadamente portugueses.

 

A 02 de junho, no Porto, o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que "Angola sabe que Portugal é um irmão que olha para a sua pujança, para a sua potência e para o seu futuro com alegria e aposta".

 

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava na abertura da Grande Conferência do Jornal de Notícias, dirigia as suas palavras a Higino Carneiro, governador da província de Luanda e presidente da Assembleia Geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), presente no evento.

 

O chefe de Estado afirmou que o general angolano "sabe como Portugal gosta de Angola" e que os portugueses "sabem como Angola gosta de Portugal".

 

"Angola sabe que Portugal é um irmão que olha para a sua pujança, para a sua potência e para o seu futuro com alegria e com aposta, e Angola sabe que tem em Portugal uma realidade aberta, qual plataforma entre culturas, continentes e civilizações, aberta na Europa mas aberta a todo o mundo, numa abertura que começa no coração dos portugueses como começa no coração dos angolanos", disse o Presidente da República.