Lisboa – Doze milhões de dólares é o montante que a nova PCA da Sonangol, Isabel dos Santos ira gastar por ano dos cofres de Estado para o ordenado de um grupo de 50 consultores estrangeiros (portugueses e indianos) que a mesma contratou para lhe ajudarem na gestão petrolífera estatal angolana.

Fonte: Club-k.net

Nova PCA acusada  de priorizar estrangeiros 

Os referidos consultores pertencem a consultora internacional de gestão Boston Consulting Group e o escritório de advogados português Vieira de Almeida e Associados. Dentre os consultores principais está o cidadão britânico Sarju Raikundalia que passa a auferir o ordenado de 30 mil dólares por mês. Os restantes tem os salários que rondam entre os 15 a 20 mil dólares mensal.

 

De acordo com cálculos feitos,  20  mil dólares por cada 50 consultor dão 1 milhão  de  dólares, por meses, o que corresponde aos gastos que o Estado angolano passa a ter mensalmente com os referidos consultores. multiplicados por 12 meses, dão doze milhões de dólares, fora os subsídios de alimentação, viagens, acomodação.  Assim sendo a nova PCA passa a figurar na historia da petrolífera estatal como a gestora que mais gastos faz aos cofres do Estado com consultores estrangeiros.

 

Os referidos consultores trabalham no 18 andar do edifício sede da petrolífera angolana, e são eles que fazem baixar as orientações de gestão. Os trabalhadores nacionais não   são autorizados a entrarem neste andar.

 

Segundo se verifica há receios, de que no futuro a nova PCA da Sonangol venha a despedir uma corrente de diretores e chefes de departamentos para dar lugar aos expatriados que ela trousse como consultores. Os comentários são apoiados por evidencias como foi o caso concreto do britânico Sarju Raikundalia que veio como consultor para a área de finanças e acabou sendo nomeado administrador não executivo do conselho de administração.

 

Tal procedimento está a dar azo a suspeitas de que a nova PCA possa estar a transportar não só o racismo na Sonangol como também tendo optado por uma política de priorizar os estrangeiros em detrimento dos quadros nacionais.

 

Isabel dos Santos é uma empreendedora do sector privado cujos interesses se cruzam com o da estatal Sonangol. A sua nomeação tem gerado debate político e jurídico invocando praticas de nepotismo por parte do  seu pai, Eduardo dos Santos que na qualidade de titular do poder executivo, a nomeou.

 

Também são levantadas    argumentações pondo em causa as suas credências de suposta “gestora de mérito”. A argumentação é sustentada pelo facto de não haver registo de que a mesma tenha alguma vez participado como gestora de uma empresa, tanto em Angola como fora do país. Nas empresas onde ela tem ações integra os conselhos de administração como administradora não executiva. Os Administradores não são gestores nem participam na gestão da empresa, apenas aparecem para tomar parte da reunião de balanço da empresa.

 

O que a mesma tem feito, segundo se sabe, é aparecer como investidora comprando ações e participações em empresas dentro e fora do país, razão pela qual, o analista Carlos André, entende que a confusão de a tratarem por “gestora de mérito”, advém dai.

 

“O general Kopelipa também compra participações em vários bancos e empresas no estrangeiro e em Angola, será que isso faz dele um gestor de mérito”, questiona o analista acrescentando que se a Isabel tivesse experiência de gestão nunca gastaria 9 milhões de dólares para pagar consultores para lhe fazerem o trabalho na Sonangol”.