Excelentíssimos Membros do Comité Provincial;
Membros da Sociedade Civil;
Entidades Religiosas e Tradicionais presentes nesta sala;
Caros Convidados, Jornalistas;
Minhas Senhoras e Meus Senhores;

Quero em nome do Comité Provincial, e em meu próprio endereçar as minhas calorosas saudações a todos quanto se dignaram marcar presença nesta 1ª Reunião do Comité Provincial, para debatermos com responsabilidade os problemas políticos, económicos e sociais que afligem as populações de Cabinda.

Excelências:

Em Cabinda os problemas sociais pioraram e surgiu um sistema avançado de desvios do erário público que provoca desgraças aos menos equipados. Em gesto de prova algumas vozes da Sociedade Civil, levantaram-se nos termos da Constituição da República de Angola, para promover uma manifestação contra a roubalheira por parte daqueles que gerem os bens do Povo nesta Província.
Em reacção, no dia 14 de Março de 2014, os activistas cívicos José Marcos Mavungo, Arão Bula Tempo e outros, foram presos injustamente pelo Governo do MPLA com acusações altamente falsas.

Excelências;

Alguns investimentos de grande porte pertencentes a particulares existentes nesta cidade e outros fora do País, já em via de inauguração, como é o caso de um Hotel de luxo em Cabo-Verde, feitos com dinheiro do Estado. A Lei da probidade pública em Cabinda é violada grosseiramente. Pensamos Excelências que, desta maneira o MPLA não vai conseguir reorganizar o dinheiro público para diversificar a economia.  

Em Angola a fiscalização rigorosa na gestão do dinheiro do Estado não funciona. Todavia, é preciso ter-se em conta este elemento importante para a verdadeira diversificação da economia.

Caros Convidados:

Em 2012, um simples Projecto de construção do acesso rodoviário ao Hospital-Infecto Contagioso, custou 450.000.000,00, um valor bastante desequilibrado e elevado do ponto de vista económico e financeiro.

Em 2015, a Saúde recebeu 231.616.894,00, somente para aquisição de medicamentos essenciais mas nada mudou. No Hospital Regional as crianças e adultos morrem quase todos santos dias, como se fossem galinhas no galinheiro por falta de medicamentos.

O mesmo aconteceu no Sector da Energia e Águas, nos Projectos de Ampliação e Optimização das ETA 1 e 2, que foram orçados em 2012, no valor de 480.000.000,00. Em 2013, 250.000.000,00 e ano 2015, o mesmo Projecto reapareceu com o valor de 147.000.000,00. Ficamos Excelências, sem entender como executaram estes Projectos se as populações dos bairros periféricos da Cidade, procuram todos os dias o líquido precioso com baldes na cabeça, sobretudo nos bairros 1º de Maio, Comandante Gika, Liombe, Cabassango, Tchizo, etc.

Excelências:

O lixo invadiu as ruas da Cidade de Cabinda. As estradas tornaram-se esburacadas e o Governo está a tapar com areia, pedras e burgau, quando há mais inertes como a laterite que poderia ser aproveitada para um melhor serviço. Isto    é incrível e inaceitável.

A Província de Cabinda em 2013, recebeu 170.000.000 Milhões de dólares. Em 2014, a verba subiu para 17,6 bilhões de Kwanzas e tudo foi muito mal gerido.

É assim, que no Governo da UNITA, que será formado em 2017, o princípio da transparência na gestão da coisa pública será sagrado. Aliás, desde 1966 em Muangai, a UNITA consagrou no seu Projecto o princípio segundo o qual, (na busca de soluções económicas, priorizar o campo para beneficiar a Cidade.)

Por isso, haverá diversificação da economia, saúde estável para todos sem discriminação, educação de qualidade, assistência para os idosos, antigos combatentes e veteranos da pátria, cooperação com os estrangeiros, implementação de Projectos habitacionais sobretudo para a Juventude, salário compatível, promoção da mulher, políticas transparentes para erradicar a fome e a pobreza, o desemprego e o crime organizado.

Muito obrigado.