Zaire - Antes de imergir nesta reflexão, importa aqui salientar que a África esta a viver períodos conturbados, que é o resultado das prioridades que ao longo de tempo tem tido. Mas a questão é, até que ponto estas prioridades põem em causa a afirmação do continente no mundo? Esta abordagem tratara da educação como fonte de gerar riquezas, não no sentido do executivo revogar a lei que faz menção da gratuitidade da educação visando assim criar-se taxa para propinas, mas sim tratara da educação escolar como fonte de gerar riquezas no sentido de se impulsionar a educação de base e a investigação científica.

Fonte: Club-k.net

Então há uma necessidade de pudermos enunciar alguns conceitos que serviram-nos como sustentação, deste modo segundo a Wikipédia a educação engloba os processos de ensinar e de aprender. E ensinar é um acto onde há a transmissão de conhecimentos e aprender baseia-se no acto de absorver aquilo que é ensinado. Não querendo dizer que quem ensina não aprende com quem está a absorver o conhecimento, pois o que ocorre é um intercambio de conhecimentos. A educação tem três vertentes podendo ser: social, tecnológica e científica. E estas três vertentes serão abordadas olhando ou tendo como foco a educação escolar.


Então penso que estamos em condições de falarmos da educação escolar como ferramenta para a diversificação da economia. Mas poderia introduzir outro elemento, dizendo que a educação escolar é uma "máquina" de fazer dinheiro ou uma fonte para gerar riquezas, querendo dizer que um país pode sobreviver através dos recursos humanos que possui. Hoje países Africanos que há um tempo atrás tiveram períodos das “vagas gordas”, onde foi possível reconstituírem e construir infra-estruturas sociais, vivem períodos conturbados, porque? Porque só potenciaram o sector secundário para a obtenção de receitas, e o erro cometido foi de não usar estas verbas para potenciar o sector chave para a diversificação da economia que é a educação escolar, que é uma ferramenta crucial para o desenvolvimento de um país. Mas a questão é, será que a educação escolar é a chave para a diversificação da economia? Será que através da educação escolar pode um país ser auto-sustentável ou ela ter um papel fundamental para o PIB de um o país? Olha a educação escolar é a maior fonte de gerar riquezas num país.


Aqui gostaria de mencionar alguns países que pelo facto de potenciar a educação escolar que é uma educação formal foi possível tornarem-se auto-sustentáveis. Mas em primeiro pretendo mencionar um país que enfrenta há cinco décadas um bloqueio económico, este país tem contornado este bloqueio e tem tornado possível a sua auto-sustentabilidade mesmo com este bloqueio económico, e só tem conseguido isto, devido a potenciação da educação escolar, e esta atitude fez com que os seus recursos humanos pudessem transformar-se como uma fonte de obtenção de receitas. Quer dizer que para esta nação a educação escolar é a fonte para gerar riquezas e estes recursos humanos estão em vários países do mundo, este país é a Cuba que é país irmão de Angola. Então mencionei um país com uma economia planificada, e importa aqui mencionar países com economia de mercado de modo como a educação escolar tem servido como fonte para a obtenção ou geradora de riquezas. Então falarei dos EUA, uma nação com uma economia de mercado, ela não é poderosa por possuir uma mega industrial bélica ou por possuir grandes multinacionais. Mas o maior trunfo desta nação é a sua aposta na educação escolar ou na potenciação deste sector. E temos provas disso, pois hoje fizéssemos o uso da maior rede social no mundo que é o facebook, que é uma ferramenta criada numa faculdade, pelo um estudante. E hoje ela é uma das maiores fontes de gerar riquezas para esta nação e tem dado emprego em nível mundial. Quer dizer, é uma multinacional que nasceu através da investigação científica. Outrossim, este país possui um dos maiores orçamentos para sector militar e paramilitar em nível mundial, mas como tem a educação escolar como fonte para o desenvolvimento, estas verbas têm servido para potenciar a educação escolar, de que forma? É no apadrinhamento da investigação científica nas universidades. E esta acção ou atitude faz com que anualmente existam tecnologia nova que gera receitas ao país, devido a sua comercialização em mercados mundiais. E é o caso da Rússia que também é uma potência em nível mundial que também possui um dos maiores orçamentos para o sector militar e paramilitar e estas verbas têm servido para potenciar a educação escolar a fim de gerar riquezas ao país e torna este sector auto-sustentável. E o caso da Alemanha, Inglaterra, França, Japão, China, etc. Que são na verdade países onde gera-se mais tecnologia que actualmente é usado ao nível mundial, porque? Porque têm a educação escolar não como uma mera instituição que visa reproduzir conhecimentos, mais como uma instituição que visa a produção de conhecimentos.


Voltando para a África, ela não só se torna auto-sustentável ou continua refém de importações devido a falta desta visão estratégica. Querendo dizer que enquanto a África não ver a educação como uma fonte fundamental para gerar riquezas ou desenvolver-se, então continuara vivendo e dependendo totalmente da tecnologia vindo de outras partes. Quando é que a África irá vender tecnologia para outros continentes? Quando que será auto-sustentável? Bem pode-se alegar que ela não se torna auto-sustentável devido há constantes instabilidades que têm passado. Mas a África só é vulnerável devido aos recursos humanos que possui, pois um continente com recursos humanos qualificados no verdadeiro sentido da palavra é um continente onde reduz-se consideravelmente as vulnerabilidades. Quer dizer a educação escolar deve ser impulsionada para evitar até um certo ponto as manipulações que ela tem tido… então sobre a Angola um país que esta a renascer e esta a lançar as bases para uma auto-sustentabilidade. De um tempo para cá se tem falado e criado politicas para diversificação da economia, implica dizer encontrar outras fontes para a obtenção de receitas para o orçamento geral do estado e permitir que tenhamos um PIB, mais diversificado. E temos um projecto muito mediatizado que é o PLANAGEO, e a aplicabilidade da mesma poderá ser ao médio prazo, e a sua aplicabilidade na totalidade será a longo prazo. E se têm falado e criado políticas que visam impulsionar a agricultura, visando diversificar a economia. Mas tanto o PLANAGEO como a agricultura, só terão resultados satisfatórios ou serem eficazes e eficientes, quando se potenciar a educação escolar.

Hoje, existe várias vozes que se levantam avançando vários argumentos sobre a fatia que o sector militar e paramilitar recebe do orçamento geral do estado. Mas olhando para este sector chegasse a seguinte conclusão, que ela também vive de importações. Então deve se criar mecanismos para que a verba que é alocada para este sector, uma parte sirva para investigação científica, potenciando a educação escolar, através das universidades que têm uma área que vela pela investigação científica. E esta área à de desempenhar um papel fundamental para a diversificação da nossa economia e possibilitar a criação de uma indústria militar que fará com que tanto o sector militar e paramilitar seja auto-sustentável e irá criar tecnologia que poderá servir o mesmo sector e o país em geral. E as universidades têm como finalidade produzir conhecimentos e estes conhecimentos é que geram riquezas. E hoje temos universidades em todas as províncias, bem qual é reflexo que elas têm para a sociedade. Quer dizer a universidade tem dificuldades para resolver problemas da educação escolar que ela própria faz parte, então como irá de resolver os problemas sociais? Então em função destes factos há uma necessidade de fazer-se uma investigação imparcial visando encontrar os elementos que levam com que a educação escolar se torne uma mera instituição que visa transmitir conhecimentos. Querendo dizer que não há uma investigação científica no país que visa gerar riquezas, é uma investigação que tem foco em reproduções de conhecimentos e não na produção de conhecimentos. Então posso avançar um dos elementos que torna com que a educação escolar se torne uma mera instituição que visa só a transmissão de conhecimentos, que é o factor motivacional para o decente, embora partindo do princípio que na qualidade de ser um profissional deve pautar pela ética e a deontologia no exercício das suas actividades laborais, mas não nos devemos de nos esquecer que é um ser humano e tem necessidades sociais que necessita de materializar. Então em função deste factor motivacional há varias correntes que defendem a actualização de categorias ou o aumento salarial, para contrapor esta situação. Mas começaria a olhar a condição financeira do decente partir das categoria de base e avançar para o médio e por adiante.


Sou apologista da redução de escalões em cada categoria e não do aumento salarial ou de actualização de categorias nesta primeira fase. Implica dizer o problema urgente que o executivo deve tratar no sector da educação não deve ser os aumentos salariais ou actualização de categorias, mais sim a redução de escalões e as politicas para a mudança de categorias. Mas quero centrar-me sobre a redução de escalões que é assunto muito sério. E para que esta abordagem não seja vago, então vou equiparar a tabela salarial da saúde em relação à educação. Na educação a categoria de professores do ensino primário tem seis escalões e a categoria de professores do Iº ciclo do ensino secundário tem também seis escalões. E quando olhamos para o sector da saúde, na categoria de técnicos básicos de enfermagem que é equiparado a categoria de professores do ensino primário no sector da educação, ela possui três escalões. O que leva com que um técnico básico da enfermagem no escalão inicial possa auferir um ordenado superior a um técnico básico da educação. E a categoria de técnicos médios de enfermagem, que é equiparado a categoria de professores do Iº ciclo do ensino secundário na educação, tem também três escalões, o que leva que um técnico médio de enfermagem tenha um ordenado superior a um técnico médio da educação a partir dos seus escalões iniciais. Outrossim, um técnico básico da enfermagem no escalão inicial auferem um ordenado igual a um técnico médio da educação que esta no escalão inicial, e quando se junta os subsídios que são alocados para os funcionários da saúde, este técnico básico chega a auferir um ordenado superior a um técnico médio da educação no escalão inicial. Então existem assimetrias no tratamento de recursos humanos entre os diferentes ministérios, e só equiparo o sector da educação a saúde devido á alguma a proximidade que existe entre elas, pois outros sectores têm um avanço considerável devido as fatias do orçamento que são cabimentas para funcionamento das mesmas. E a redução de escalões por cada categoria na educação terá um reflexo até ao professor universitário.


Pois o factor motivacional é um elemento a ter-se em conta para que a educação escolar não se resuma em reproduzir conhecimentos, mas que produza conhecimentos e se transforme como uma fonte de gerar riquezas para o país. Pois em função desta insuficiência por parte dos recursos humanos torna o país refém de importações de quadros. A educação escolar para ser uma fonte de gerar riquezas há uma necessidade de um investimento no capital humano, potenciando a educação escolar. E é visível as infra-estruturas que estão sendo edificado para a educação escolar, mas elas só terão mais-valia, sê o factor motivacional for tido em conta. E podemos materializar o factor motivacional na educação escolar através da adequação da tabela salarial da saúde na educação. Implica dizer a tabela salarial da saúde uma vez aplicada na educação poderá reduzir consideravelmente as assimetrias entre os recursos humanos destes ministérios. Alias a educação escolar numa economia de mercado que é a nossa realidade requer políticas viradas para a economia de mercado e não na economia planificada. Então, estes elementos quando forem ultrapassados irão catapultar a nossa jovem nação numa das desenvolvidas da África, porque não ao nível mundial. E este desenvolvimento terá um reflexo na vida social.

Em suma é um erro crasso olhar para a educação escolar como uma instituição que visa somente transmitir conhecimentos, pois ela deve ser olhada como uma fonte geradora de riquezas, de modo a possibilitar a auto-sustentabilidade do país.