Lisboa – Uma pesquisa independente aponta José Filomeno de Sousa dos Santos “Zenú”, o filho do Presidente José Eduardo dos Santos (JES) como estando com uma acumulação de activos que estarão já na casa dos um bilhão de dólares. Ao fazer fé nos cálculos, Zenú poderá confirmar-se no primeiro jovem angolano a tornar-se bilionário antes dos 40 anos.

Fonte: Club-k.net

Apenas faz negócios acima de  US 100 milhões de dólares

A conclusão da pesquisa é apoiada no somatório de activos que estarão em seu nome e outros interesses que estão em nome de testas de ferro como o seu sócio suíço, Jean-Claude Bastos de Morais.

 

Ao contrario de sua irmã, Isabel dos Santos, que estará segundo a revista Forbes com uma fortuna avaliada em 3 mil milhões de dólares, o PCA do Fundo Soberano é citado como podendo vir a ultrapassar a irmã nos próximos anos uma vez que envolve se em operações em que lucra entre 50 a 100 milhões de dólares

 

De acordo com cálculos baseados em rastreio, José Filomeno dos Santos dispõem do seguintes “assets”.


- Ações avaliadas em 100 milhões de dólares no Standard Bank que recentemente adquiriu por via da empresa Inpal-Investimentos e Participações, em que o mesmo detém 75% das ações em parceria com um sócio e colega de infância Jorge Gouds Pontes Sebastiao detentor das restantes 25% das ações.

 

- Ações avaliadas em cerca de US $ 300 milhões de dólares que detém no Banco Kwanza, transferidas em nome do seu testa-de-ferro Jean-Claude Bastos de Morais logo após ter tomado posse como Presidente do Fundo Soberano de Angola. As participações agora em nome de Jean-Claude Morais corresponde a 75 por cento do Banco Kwanza.


- Montante de US $ 100 milhões de dólares que segundo o portal “Maka Angola”, o Fundo Soberano de Angola procedeu à empresa Kijinga S.A. no dia 22 de janeiro de 2015. A Kijinga S.A, é no ver do Maka Angola, vista como uma empresa-fantasma que serve para dar cobertura à transacções obscuras com o Banco Kwanza Invest (BKI), criado por José Filomeno dos Santos.

 

- Cerca de US $ 350 milhões de dólares que segundo a revista britânica “Property Week”, a sua empresa Quantum Global Real Estate usou no refinanciamento de uma propriedade imobiliária que adquiriu em Agosto de 2012, numa das zonas mais caras de Londres, Inglaterra.


- Detentor de três prédios em construção (de valor desconhecido) na Chicala de Luanda que estão em nome da sua empresa, Inpal-Investimentos e Participações.

Outras gestões e participações 

Para além dos dados citados a cima, um artigo publicado no jornal sul-africano City Press, com a assinatura da jornalista Khadija Sharife destaca que a empresa Quantum (de Zenú dos Santos e Jean-Claude) foi selecionada para administrar três mil milhões de dólares do Fundo Soberano.

A reportagem do City Press diz inda que vários fundos, incluindo um de 250 milhões de dólares, foram investidos no Banco Kwanza, fundado por José Filomeno dos Santos.


O FACRA foi criado por José Eduardo dos Santos, com fundos públicos, através do Decreto Presidencial n.º 108/12, para o apoio a micro, pequenas e médias empresas. No entanto, a gestão privada e exclusiva dos fundos do FACRA é feita pelo BKI.


O sócio maioritário nominal do banco BKI, com 85 por cento do capital, Jean-Claude Bastos de Morais, é um dos três membros do Conselho de Supervisão do FACRA, a sua entidade máxima. A comissão de investimentos do fundo é presidida por Marcel Kruse, administrador do BKI.

Em 2013, o BKI detinha já, como depósitos do FACRA, o montante de 6,7 mil milhões de kwanzas (US $70.5 milhões, na altura), segundo o seu relatório de contas referente a esse ano. Em Janeiro passado, o FACRA anunciou ter disponíveis US $240 milhões para apoio às micro, pequenas e médias empresas.

De acordo com um levantamento, “Zénu” dos Santos tem também outros negócios onde o mesmo assume e mantêm-se como administrador nas seguintes empresas a saber: CAFISA, Construção civil e obras públicas: são sócios administradores Mirco de Jesus Martins, Jean-Claude Bastos de Morais, Gilberto de Jesus Cabral Pires e Zénu dos Santos;

BENFIN SA, construção civil, exportação e importação;

AUGRA;

BENGUELA DEVELOPMENT SA, empresa que participou na construção do estádio de Ombaka; SOCIEDADE URBANIZAÇÃO DA GRAÇA, esta referida empresa tem um projecto imobiliário em Benguela.