Paris - A associação internacional dos angolanos na diáspora, União da Diáspora Angolana, U.D.A em sigla, fundada a 20 de Junho de 2015 em Bruxelas (Bélgica), completa hoje 20 de Junho de 2016, um ano de existência.


Fonte: AUDA

A Coordenação Geral (órgão supremo internacional) da U.D.A regozija-se por este primeiro aniversário e encoraja todos os seus membros a prosseguir os esforços com vista a engrandecermos esta associação e permiti-la concretizar os objetivos que nortearam a sua fundação.


Para celebrar este primeiro aniversário, os dirigentes da U.D.A de diferentes países irão encontrar-se no dia 2 de Julho de 2016 em Bruxelas (Bélgica) a fim de refletir sobre o caminho percorrido até aqui, finalizar os trabalhos constitutivos restantes e programar as atividades para o ano de 2017.


Durante o ano em curso, a U.D.A continua a sua estruturação e consolidação, e está ao mesmo tempo a levar a cabo, neste momento, uma campanha de recolha de assinaturas para levar o governo angolano a autorizar o voto dos angolanos residentes no exterior de Angola. Com efeito, o exercício do direito de voto está diretamente ligado à cidadania. Todo cidadão de qualquer nação do mundo, dentro como fora do seu país, tem o direito de escolher os seus dirigentes. Este tem sido o caso para os nacionais de diversos países africanos e do mundo aqui no Ocidente. Cada vez que há uma eleição no Cabo Verde ou na Costa do Marfim, por exemplo, os nacionais destes países vão aos seus Consulados e exercem o seu direito constitucional de voto. Porque razão o governo sustentado pelo Partido MPLA continua a  negar que os angolanos residentes fora de Angola exerçam este direito que à Constituição lhes reconhece?


Recusar que os angolanos na diáspora votem, significa dizer que o governo de Angola não os considera como cidadãos angolanos. O que viola gravemente à Constituição da República de Angola que estipula no seu artigo 9° alínea 4° que nenhum cidadão angolano de origem pode ser privado da nacionalidade originária.

 
Assim sendo, a U.D.A encoraja todos os angolanos residentes no exterior a assinar a petição que está a circular em diferentes países. Os que quiserem assinar e não saberem onde encontrar esta petição, podem contactar-nos utilizando as referências abaixo.


Os angolanos que ainda não se tornaram membros da U.D.A estão cordialmente convidados a juntar-se a U.D.A para que em conjunto possamos defender os nossos direitos e interesses aqui na diáspora, como diante do governo angolano. Porque apenas juntos e unidos seremos fortes, estaremos melhor organizados e a altura de defender estes direitos e interesses. As questões do voto e da documentação dos angolanos cá no exterior são alguns dos problemas, por exemplo, que podemos em conjunto instar o governo angolano a resolver com celeridade. Mas isto só será possível se tivermos uma organização forte e organizada, como é o caso do que estamos paulatinamente a fazer da U.D.A.

  

Lembramos que a U.D.A foi fundada a 20 de Junho de 2015 em Bruxelas (Bélgica) com o objetivo de unir os angolanos da diáspora em torno da defesa dos seus direitos e interesses. Mas igualmente para promover a cultura angolana na sua diversidade, entre tantos outros objetivos. Porque a política e os diferentes conflitos armados que Angola conheceu dividiram sobremaneira os angolanos. É chegado o momento de pormos as nossas diferenças de lado e convivermos como irmãos e filhos da mesma pátria. Temos a firme convicção que se esperarmos que os políticos façam esta unidade e reconciliação nacional, irá levar muito tempo. Razão pela qual angolanos de diversas esferas da sociedade, e residentes em vários países do mundo decidiram unir os seus esforços a fim de termos uma comunidade angolana no exterior unida, organizada e capaz de meter as suas diferenças de lado e trabalhar em conjunto na defesa dos seus direitos e inetereses assim como contribuir no desenvolvimento de Angola. Por isso pedimos ao governo angolano a não tratar-nos como inimigos, mas sim como irmãos e parceiros na busca de soluções aos imensos problemas que afetam os angolanos dentro como fora do país.

 

À laia de conclusão, lembramos que hoje, os jovens ativistas angolanos completam um ano de detenção. Foi justamente no dia em que fundávamos a U.D.A que os nossos irmãos conhecidos como « Jovens Revolucionários » foram arbitrariamente detidos. Volvidos um ano, eles continuam presos injustamente. A UDA é de opinião que não é com a repressão que se irá resolver os problemas do nosso país. Mas sim com o diálogo. Assim sendo, apelamos ao governo angolano e em particular ao Presidente José Eduardo dos Santos que queira libertar os jovens ativistas sem condições, a fim de apaziguar a sociedade angolana. Porque este assunto apenas aumentou e continua a aumentar o nível de descontentamento que já reinava no seio da sociedade angolana.

 


A União Faz a Força
Unidade – Fraternidade – Solidariedade


Paris, aos 20 de Junho de 2016


A Coordenação Geral da U.D.A
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