Luanda - Os familiares dos 15+2 presos políticos em Luanda, que se dirigiram nas primeiras horas da manhã de hoje ao Tribunal Constitucional em busca de respostas sobre as razões da morosidade do hábeis corpus, saíram da mesma instituição sem nenhuma satisfação.

* Pedrowski Teca
Fonte: Club-k.net

Confrontados com a burocracia da instituição, a delegação que concentrou-se quando eram 8 horas da manhã, apenas deixou o Tribunal Constitucional às 16 horas.

A princípio, o Tribunal exigiu com que os familiares dirigissem uma carta de solicitação de audiência ao juiz presidente. A carta foi escrita e submetida, e posteriormente a instituição mandou aguardar por resposta.


A espera durou cerca de 8 horas, deixando as mães, irmãs e esposas dos presos políticos exaustas, esfomeadas e cansadas, obrigadas a estenderem os seus panos ao chão afim de descansarem.


Notou-se movimentações estranhas dos funcionários do Tribunal, que constantemente entravam e saiam de várias portas da instituição.
Surpreendemente, mesmo naquela pacividade e sem respostas, o Tribunal Constitucional chamou a Polícia Nacional, na tentativa de obrigarem os familiares a abandonarem o local.


Diante da situação criada, o Tribunal aconselhou os familiares a regressarem às suas casas, e solicitarem os seus advogados a contactarem a instituição.


A fome e o cansaço obrigou os familiares a abandonarem o Tribunal com as mãos a abanar.


Lembre-se que na quinta-feira, 9 de Junho, os familiares dos 15+2 presos políticos haviam se dirigido ao Tribunal Supremo, onde o juiz Manuel Aragão informou-lhes de que o caso tinha sido transferido ao Tribunal Constitucional.