Luanda - O ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, criticou ontem, em Luanda, uso criminoso e irresponsável das redes sociais. Durante o cerimónia que assinalou o 37.º aniversário do Ministério do Interior, Ângelo da Veiga Tavares chamou a atenção dos utilizadores,  sobretudo do sexo feminino e adolescentes, por serem as vitimas mais frequentes, para evitarem a excessiva exposição pública.

Fonte: JA

Mentes engenhosas, disse o ministro, aproveitam as tecnologias de informação para a sua utilização criminosa e irresponsável, fazendo das redes sociais um meio para divulgar informações falsas e fictícias com o objectivo de desestabilizar e criar medo e sentimento de insegurança.


“Devemos continuar a criar condições técnicas para identificar as publicações de tais notícias ou imagens, com vista a responsabilização criminal dos seus autores”, disse.


Noutra vertente da sua intervenção, o ministro disse que a situação da segurança pública no país é calma e está sob controlo, apesar da preocupação com a ocorrência de alguns crimes violentos, sobretudo em Luanda, como o roubo de viaturas, assaltos à mão armada e violações cometidas principalmente no seio familiar por pessoas conhecidas da vítima.


O ministro pediu esforços redobrados no sentido de estancar tais práticas, e assegurou que crimes do género não são característicos do comportamento dos angolanos. O Ministério do Interior, disse, continua a trabalhar na luta pela preservação da paz e os seu efectivos são chamados a prestar particular atenção às diferentes fases do processo eleitoral que se avizinha, “Os efectivos, nos mais variados níveis, devem se engajar em todas as actividades de formação e preparação para que possam cumprir exemplarmente as missões que este processo vai exigir”, disse.

Deste modo, os efectivos estão orientados para maior aproximação com a população, com quem devem interagir para a manutenção da ordem e tranquilidade públicas.


O ministro denunciou comportamentos oportunistas e criminosos por parte de cidadãos que se aproveitam da situação de crise que o país vive para desenvolverem acções especulativas e ilícitas no âmbito comercial, financeiro e cambial.


Este comportamento, disse o ministro do Interior, contribui para um maior agravamento da situação e o encarecimento da vida dos cidadãos.
O ministro assegurou que esta preocupação é objecto de análise pelo Comité de Supervisão da Unidade de Informação Financeira, órgão encarregado de acompanhar as questões relacionados com o branqueamento de capital e financiamento ao terrorismo.


No domínio da formação de quadros, Ângelo da Veiga Tavares disse que o Ministério do Interior “é das instituições de Estado com maior número de quadros formados”. A instituição, informou o ministro, tem 34 doutores, 253 mestres e pós-graduados, mais de 5.500 licenciados e mais de 15 mil efectivos frequentam o ensino superior.


O ministro exortou o Serviço de Migração e Estrangeiro a concluir, em tempo útil, o processo de certificação do passaporte eletrónico e estabelecer normas que restrinjam a utilização dos passaportes de serviço apenas às entidades que a ele têm direito. Em relação ao Serviço Penitenciário, o ministro do Interior disse que se deve desenvolver esforços para conclusão das obras em curso destinadas a aumentar a capacidade instalada das cadeias e aprimorar o desenvolvimento dos programas de educação e formação técnico-profissional.


O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros deve continuar a trabalhar para dar resposta aos casos de incêndio, sinistralidade, catástrofes, calamidades e vulnerabilidades diversas, desenvolvendo estudos e procedimentos susceptíveis de garantir níveis de resiliência mais elevadas, disse o ministro do Interior.