Luanda - O secretário geral da UNITA Franco Marcolino Nhany disse que os actos de intolerância política contra os seus militantes destinam-se a provocar uma reacção violenta para ser usada como pretexto para suspenfer as eleições.

Fonte: VOA

"O país vive uma situação extremamente difícil do ponto de vista económico, financeiro, social e político”, disse Nhany em Kwanza Sul, onde esteve para uma visita de três dias e durante a qual responsabilizou o Governo pela actual crise financeira e económica do país.

 

"Tanto os quadros como a população do Kwanza Sul não têm a mínima dúvida sobre quem é o culpado e quem é o responsável por esta situação, mas é indubitávelmente o Executivo do senhor José Eduardo dos Santos ”.

 

Segundo Nhany, eles "esbanjaram dinheiro do petróleo, construíram riqueza e luxo, vivem na opulência e nos píncaros da abastança, portanto, arrebentaram com as reservas do país com os proventos do petróleo”, denunciou o secretário-geral da UNITA.

 

“Por isso, José Eduardo dos Santos e o MPLA estão com medo das eleições”, acrescentou Marcolino Nhany que disse ser intenção do MPLA inviabilizar as eleições, que é “uma das tácticas a intolerância política, a violência e crimes contra os militantes da UNITA, contra o nosso património, destruição dos nossos símbolos portanto, de provocação em provocação para ver se de facto nós cedemos a chantagem e respondemos a violência pela violência”.

 

O responsável do principal partido da oposição angolana concluiu dizendo que "tudo isso é para invocare a crise e dizer que não há condições financeiras para realizar as eleições, criar um clima de instabilidade para depois se dizer que também não há condições de estabilidade para realizar as eleições”.