Zaire  - A questão que se levanta é que não se pode associar a religião da política. Mas qual é a essência da política? A política visa o bem-estar social, e não oprimir, excluir, destruir, aniquilar, etc. Mas quando olhamos pela história e no contexto actual, ficamos com a impressão que a política não esta a cumprir o seu real papel, quer dizer há desvirtuamento da política, e o problema não esta na política, mas nos fazedores da política ou nos políticos.

Fonte: Club-k.net

Pois a política não visa o mal mas o bem comum e não individual, mas ao longo de anos o mundo tem tido várias lideranças no campo político, e cada político antes de enveredar pela política já traz consigo uma personalidade, e esta personalidade é que caracteriza a forma de fazer a política deste indivíduo. Logo a política não torna o homem nem bom e nem mau, ela simplesmente expõe ao mundo o que cada um de nós é, e tira as mascaras que cada indivíduo traz consigo. Se há ao nível mundial políticos que cada um pode tachar como lhe convém, mas se deve ter em atenção que estes, sempre foram o que eles são hoje. Uns eram fingidos, uns opacos, uns translúcidos e uns transparentes quer dizer a forma que fazer a politica corresponde a natureza do indivíduo. Em suma a política visa o bem-estar comum e não individual.


Agora a religião não visa o mal mas o bem-estar comum e não individual, deste modo há um elo de ligação muito forte entre política e a religião, e neste contexto estamos presente de uma associação e não de uma dissociação, pois entre elas há convergência. Agora o pastor é um árbitro no jogo político, esse detalhe é fundamental para que o elo de ligação entre a religião e a política não se quebre. Deste modo o político é um actor ou o jogador mas o pastor é o árbitro. Sendo o político, um actor ou jogador como num jogo político há envolvência de outros jogadores ou actores que pertencem a outras equipas, então o pastor encontra-se na posição de um árbitro e não de jogador.

 

O errado é o que tem acontecido pastores ou líderes religioso que deixam a condição de árbitro e descem ao nível de jogadores, o que é errado. Por isso hoje a igreja tem perdido a credibilidade perante o mundo, pois muitos líderes religioso se tornam de actores políticos ou jogadores dentro do jogo político. Por isso temos a sociedade que temos hoje, pois os árbitros se transformaram em autênticos jogadores.


Pois o pastor como árbitro, ele tem a possibilidade ou a capacidade de anunciar e denunciar quer dizer honrar, encorajar, felicitar, quando há razões para isso e denunciar, desencorajar, criticar, mostrar o caminho adequado que se deve trilhar quando há razões para isso, neste contexto o pastor se encontra numa posição que permite o equilíbrio numa sociedade.

 

Agora quando o pastor se torna um jogador dentro do jogo político há desequilíbrios, porquê? Porque ele estando ou sendo jogador defenderá a equipa onde se posicionou, e não terá a possibilidade de sobrepor-se sobre a linha de orientação da equipa a qual a maioria dos integrantes defende. Neste contexto a União entre a política e a religião torna-se impossível. Porque no jogo político deixa de existir o árbitro.


Agora sê o pastor entrar numa equipa continuando exercer as suas funções essenciais, tais como: anunciar e denunciar. Quer dizer assumir-se como um actor livre ou independente mesmo dentro da equipa, ou estar na equipa e ser livre de assumir posições consoante a orientação do mesmo como pastor.

 

Neste contexto o equilíbrio entre a política e a religião pode ser um facto, pois o pastor continuara a ser um árbitro. Pois ele continuaria a servir Deus ou a ser Servo de Deus e não servo do homem. Aliás o pastor é um adorador de Deus e não do homem, que é bastante diferente de honrar o homem, que o próprio criador recomenda aos seus servos.


E posso incluir outro elemento frisando que, quando alguém afilia-se numa determinada equipa, ele não esta nesta equipa visando servir os interesses da liderança da equipa, mas do colectivo querendo dizer do povo. E actualmente tem se verificado o contrário, pois os integrantes da equipa defendem os interesses das lideranças que são interesses individuais e não do colectivo. Por isso há uma necessidade tanto das lideranças como dos integrantes das equipas entenderem que eles não servem a equipa mais eles servem o povo. E quando se esta a abordar as questões do país, primeiro há uma necessidade de se despirem das vestes das respectivas equipas e serem neste exacto momento de cidadãos exercendo a sua cidadania. Pois os homens passam e as equipas passam mais o país continuara a existir.