Luanda - Antes de mais, torna – se imperativo, discorrer sobre o vocábulo política. No sentido comum, vago e às vezes um tanto impreciso, política, como substantivo ou adjectivo, compreende arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido político, pela influência da opinião pública, pela aliciação de eleitores.

Fonte: Club-k.net

Na conceituação erudita, política «consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem», segundo Hobbes ou «o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados», para Russel ou “a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo”, que é a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe.

Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas que afligem a população: política financeira, política educacional, política de saúde, política da diversificação da economia, política anti – crise económica, política do empreendedorismo social, política do fomento do crescimento nacional.

Outros a definem como conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância dos factos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados.

Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil. Neste sentido é claro observar que muitos dos actores da nossa praça política, têm - se servido da inversão do verdadeiro propósito da arte política, impondo neste prisma uma perspectiva de ódio e de divergência irreverente e pouco ética.


Os princípios que norteiam os valores culturais angolanos, evocam a solidariedade da pessoa humana em actos fúnebres como requisito memorial da acção rítmica do folclore dos antepassados.


Todavia, muitos actores da nossa praça política angolana, que reveste a oposição, estão a agitar as águas turvas em redes sociais, esquecendo – se, que por trás deste acto bárbaro e desumano, encontra – se a implacável acção de muitos dos quais à espreita de tal acto desolador. Cuja iniciativa põe em causa o bom nome do Estado Angolano, impondo as marcas que sujam o trabalho do estado para o bem mais precioso: «a vida».


Muitos imersos na sagacidade política da oposição fazem mau uso do juízo político, a política não é a arte de incitar confusão ou de repudia e do confronto desumano entre os cidadãos que defendem cores divergentes, o mundo não pode ser todo igual, deve – se aceitar viver na diferença, mas de forma salutar e cívica, unir o útil ao agradável, é mediante a divergência de opiniões e ideias que reside não apenas a nossa força conjuntural, mas também o progresso em todos os níveis sociais.


É necessário a disciplina para que o entusiasmo que nos anima sirva a nossa inteligência.

Os actores da nossa praça política, cujo relevo lhes impõe para um posicionamento humanista e fraternal, deveríamos primar por um sentimento solidário ao invés de primar por uma postura que impera agitação e violência social, o que se observa nas redes sociais é mais um sentido de busca de incitamento do ódio no cerne social contra as instâncias governamentais pela morte da criança ao invés de solidariedade pelo passamento físico do pequeno Rufino.

Para estes, é um privilégio para atentarem contra o bom nome do estado e denegrirem o papel do Estado Angolano na condução dos destinos do país, esquecendo – se de que os reais culpados de tal incidente estão imersos na oposição.

A história presa que a morte do menor Rufino Marciano António, foi fruto do ódio incitado por actores políticos pertencentes à oposição que agitaram as populações que com paus, garrafas de gasolinas e pedras tentarem queimar máquinas que destruíam as residências.


O mais triste é que para além de ser oposição a responsável primeira pelo fenómeno dramático que assolou os arrabaldes do zango, é a mesma oposição que tira aproveito da morte do menino para auto – privilegiar – se desde o ponto de vista de credibilidade política.

Todavia, é triste, o que se observa hoje, onde actores da nossa praça política, fazem do incidente um terreno fértil para suscitar privilégios que impõem a sua influência política e expansão no domínio da credibilidade social, ao invés de socializarem – se com o caso e de forma cívica ajudarem no que tange a resolução do sucedido. Não devemos fazer aproveitamentos de tragédias com intuito de tirar dividendos políticos, é um acto imoral e redondamente desumano, deve – se primar por uma política limpa, clássica, onde impera o debate de ideias, e não o ódio, onde impera opiniões que cintilarão Angola em todos os seus cantos dando espaço ao progresso da angolanidade.

Parece que aos nossos dias a solidariedades encontra – se ausente nas faculdades mentais de muitos, pelo que fazem do uso de incidentes gravíssimos para satisfazer os seus desejos políticos. A morte é um fenómeno único, quem morre, morre e jamais volta, deixa um vazio inapagável no cerne familial em que o mesmo veicula a sua confraria, de então, é urgente que nestas situações se entrelacem mãos de solidariedade com vista a apagar a amargura assentada no coração daqueles que clamam pelo vazio deixada pela perda; e não usar do juízo político para usufruir de tal incidente com vista a denegrir o bom nome do Estado e diabolizar figuras que nada haver têm com a marcha dos acontecimentos desta natureza.

Quero compartilhar com gesto de boa educação, endereçando para tal os meus pêsames quanto à família enlutada, espera – se que, os órgãos de justiça consigam descortinar todos os mistérios mais últimos de que a verdade pode esclarecer.

«DEUS TENHA O PEQUENO EM SEUS BRAÇOS E QUE SUA ALMA DESCANSE EM PAZ».