Lisboa - Circulam em meios financeiros informações segundo as quais a PCA da Sonangol E.P., Isabel dos Santos planeia ensaiar-se com um processo de privatização de duas súbsidiarias da petrolífera estatal, neste a “Sonangol Distribuidora” e a “Sonangol Gás Natural (Sonagás)”.

Fonte: Club-k.net

O tema da privatização destas duas empresas, está a ser sustentado com complementos de que Isabel dos Santos estaria a constituir a partir do exterior uma “empresa privada de derivados de petróleos”, aparentemente afastada dela, que ficariam com os ativos tanto da “Sonangol Distribuidora” como da “Sonangol Gás Natural (Sonagás)”.

 

Ao concretizar-se, Isabel dos Santos, a semelhança da Puma Angola do trio (Leopoldino do Nascimento, “Kopelipa” e Manuel Vicente) poderá entrar no monopólio do negócio da distribuição dos combustíveis em Angola.

 

Um segunda solução que está a ser aventada sugere a fusão da “Sonagás” a “Sonangol Pesquisa e Produções”. Neste cenário, a “Sonangol Pesquisa e produção” passaria a receber os projectos em curso da “Sonagás” que em breve passará a funcionar num edifício no eixo viário, no Municipio da Ingombota.

 

A razão invocada para a privatização das duas empresas é remetida a justificações de que a empresa esta com problemas de tesouraria e que necessita de atrair capitais.

 

Sonangol a beira da falência

 

Numa recente abordagem sobre o problema desta empresa, o portal Maka Angola, revelou que a Sonangol deve US $1 bilião à Trafigura pela importação de combustíveis, e a situação poderá gerar mais uma crise no país.Há já vários anos, a importação de combustíveis, nomeadamente gasóleo e gasolina, é praticamente dominada pela Trafigura, uma multinacional suíça.

 

Através da sua subsidiária Puma Energy, que actua em Angola, a Trafigura é sócia do trio presidencial composto pelos generais Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, Leopoldino Fragoso do Nascimento e Manuel Vicente, bem como da própria Sonangol.Recentemente, a Sonangol tentou obter um financiamento de US $800 milhões junto de um banco sedeado no Egipto, propondo como garantia as suas acções no banco Millennium BCP em Portugal, para pagamento da referida dívida.

 

O general Leopoldino Fragoso do Nascimento, que actualmente dirige os negócios da Trafigura em Angola, assim como do trio presidencial, tem sido o grande elemento de pressão para que a Sonangol pague a dívida.Com a mudança de administração, as negociações finais para a concretização do empréstimo foram transferidas para a gestão de Isabel dos Santos.

 

Das cinco prioridades da petrolífera nacional constam a resolução da dívida à Trafigura [e ao trio presidencial], bem como o pagamento da compra das operações da Cobalt International em Angola, que se tinha associado à empresa Nazaki Oil & Gas, do trio presidencial.