Lisboa - Dois funcionários do Consulado de Angola em Portugal foram suspensos com acusações não provadas de feitiçaria e de venda ilegal de vistos, adiantou ao Correio da Manhã fonte ligada àquele representação diplomática de Luanda.

As acusações contra um dos funcionários começaram em Janeiro, quando esteve em Lisboa uma comissão de inquérito do Ministério das Relações Externas de Angola, na sequência dos confrontos ocorridos no ano passado por ocasião das comemorações do 11 de Novembro. Perante a comissão, a cônsul-geral, Cecília Baptista (na foto), acusou-o, alegadamente, sem apresentar provas, de vender vistos a 700 e a 1000 euros. O funcionário foi suspenso e na nota de culpa afirma-se ter sido apanhado a dormir no trabalho.

Em relação ao outro caso, a mesma fonte referiu tratar-se de uma empregada de limpeza do Consulado, com dupla nacionalidade (angolana e portuguesa ), que começou a encontrar areia em cima de secretárias, cadeiras e no chão, após ter feito as limpezas. Intrigada, decidiu contar o que se passava aos seus superiores, tendo sido chamada pelo vice-cônsul. A funcionária manifestou candidamente as desconfianças em relação a uma colega que nos últimos tempos chegava muito cedo. Só que, após a conversa, acabou por ser suspensa, tendo recebido uma nota de culpa, acusada de bruxaria e feitiçaria. Contactada pelo CM, a Embaixada de Angola remeteu o assunto para o Consulado por não estar ninguém com competência para se pronunciar sobre o assunto. Do Consulado, a resposta foi igual.

*Sabrina Hassanali
Fonte: CM