Luanda - O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Geraldo Sachipengo Nunda, convidou os órgãos que informam sobre supostos confrontos entre as FAA e a FLEC na província de Cabinda a visitarem a região para verificarem o que se passa.

Fonte: JA

Em declarações à imprensa, à margem do acto de encerramento do VII Congresso Ordinário do MPLA, Geraldo Sachipengo Nunda assegurou que a situação em Cabinda é tranquila e não ocorreram confrontos alguns.


“A situação político-militar em Cabinda é completamente de tranquilidade e a FLEC não realizou e nem pode realizar nenhuma acção, tanto que as pessoas podem ir até Cabinda, Miconge, Buco Zau, Belize, a todos os sítios e aldeias, pois não houve nenhuma acção da FLEC”, garantiu. Questionado sobre a suposta morte de 40 soldados das FAA durante os ditos confrontos, segundo dados divulgados pela FLEC, Sachipengo Nunda adiantou que a organização está a sonhar porque não é possível que tal tenha ocorrido.


Estas comunicações são falsas e os órgãos que transmitem essa informação podem ir a Cabinda, porque não se registou nenhum confronto e não se verifica nenhuma instabilidade político-militar.


Quanto à situação ocorrida no bairro Zango, município de Viana, em que um militar das FAA disparou mortalmente contra um adolescente, Sachipengo Nunda reconheceu que não é competência dos militares realizar demolições, mas apenas garantir a segurança dos órgãos da administração local.

 

O oficial esclareceu que os militares não estavam a realizar demolições, mas apenas a responder a uma solicitação da direcção da Zona Económica Especial, no sentido de proteger os órgãos da administração que estavam a efectuar as demolições. Segundo o CEMG das FAA, a área onde foram demolidas as casas estava antes vedada, mas a população tirou a vedação e construiu sem autorização.

 

Geraldo Sachipengo Nunda recordou que o objectivo é continuar a transformar a Zona Económica Especial numa boa imagem para o país porque é ali onde está a ser construído o novo aeroporto internacional.


Quanto ao inquérito em curso para apurar as circunstâncias da morte do adolescente, informou que o mesmo não está a ser feito pelas FAA, mas pela Procuradoria Geral da República e Investigação Criminal, em colaboração com o Exército. De acordo com a alta patente das Forças Armadas, supostamente uma criança não devia estar no meio daquele grupo.