Zaire - Começo esta reflexão baseando-me nas palavras de Jesus Cristo: "conhecereis a verdade e a verdade, vós libertará". A essência da mensagem de Cristo visava e visa a libertação do homem. Mas para que o homem seja liberto, há a necessidade de conhecer a verdade ou ter o conhecimento, que irá despertar a consciência deste. O que é o evangelho? O evangelho significa boas novas, boas notícias, etc. A libertação tem a ver com independência, pois quem está cativo, ele não é independente. Para que tome consciência que encontra-se em cativo e necessita de se libertar, há uma necessidade de absorver o conhecimento. Este conhecimento despertará a consciência deste.

Fonte: Club-k.net


Quem tem a missão de transmitir ou de passar este conhecimento? É o servo de Deus (Profeta, Apostolo, Bispo, Rev. Pastor, Pastor e Evangelista), de que forma transmite ou passa este conhecimento? Fazendo uso do evangelho da libertação, o que é o evangelho da libertação? O evangelho da libertação é uma mensagem que tem a finalidade de dar o conhecimento ao homem, permitindo que este desperte a consciência. O evangelho da libertação tem duas vertentes: anunciar e denunciar.


Na primeira vertente, o evangelho de libertação se encarrega em anunciar o bem, quer dizer o conhecimento transmitido dá elementos que permite ao cidadão ou o cristão viver na sociedade e em sociedade. Na segunda vertente, o evangelho da libertação denúncia o mal. Quer dizer, denúncia as más acções que ocorre na congregação e na sociedade em geral. Deste modo se levantam as seguintes questões: o estado, o partido político, etc. Estão isentas ou as más acções praticadas por estes não devem ser denunciadas pelos servos de Deus? Será que a mensagem do servo de Deus se circunscreve na congregação? O servo de Deus como factor de equilíbrio e não de desequilíbrio numa sociedade, tem a missão de anunciar o bem e denunciar o mal, logo a acção do mesmo não se circunscreve na congregação, pois abrange até aqueles que estão fora da congregação, como: o estado, os partidos políticos, as organizações cívicas, o cidadão comum, etc.


Mas a bíblia sagrada diz: "dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus", logo o servo de Deus não deve emitir opiniões sobre questões de política. Esta é uma falácia que os políticos usam com a intenção de calar ou impedir que o servo de Deus exerça a sua missão. Em que contexto Jesus Cristo diz: dai, pois, a César o que é César e a Deus o que é de Deus. Ele faz esta declaração, respondendo a questão que lhe tivera sido colocado sobre o tributo. Segundo o dicionário online de português, olhando pelo contexto em que Jesus Cristo faz uso do termo tributo.


O tributo é uma taxa obrigatória paga pelos cidadãos ao estado ou é o imposto. Se o tributo é de César (estado), então o que é de Deus? Referindo-se nas palavras de Jesus Cristo em Lucas 20:19-26. A resposta se encontra em Malaquias 3: 8-10, onde Deus orienta que se deve trazer dízimos para à igreja. Quer dizer, o tributo é de césar (estado) e o dízimo é de Deus. Porque actualmente a esmagadora maioria de servos de Deus não denúncia os males que o estado faz ao cidadão? Porque quando há violações dos direitos dos cidadãos, a esmagadora maioria de servos de Deus cala-se ou faz pronunciamentos que em vez de repudiar elas alimentam a continuação destas acções do estado? Porque nos seus pronunciamentos defendem sempre as acções do governo e do partido político que sustenta o governo? Porque a esmagadora maioria de servos de Deus, nos seus pronunciamentos não têm havido algum equilíbrio entre o partido político que sustenta o governo e outros partidos políticos? Em função de factos que estão bem visíveis na nossa sociedade, mostram claramente que a esmagadora maioria de servos de Deus são burgueses, quer dizer pertencem a burguesia.


Ora para ser burguês ou continuar a ser burguês, se deve ter bens materiais ou os dinheiros, e quem na realidade tem os dinheiros ou quem tem a capacidade de transformar um número considerável de servos de Deus de burguês em tempo recorde? É o estado, é uma individualidade ou são individualidades que têm ligações direitas e indiretas com o estado. O servo de Deus denunciando o mal ou os males que o estado faz aos cidadãos, logo ele se transforma numa pedra no sapato do estado e daqueles que têm monopolio dos dinheiros, e deste modo começa a encontrar barreiras no exercício do sacerdócio e chega a perder as regalias ou as mordomias, etc. Então a esmagadora maioria de "servos de Deus" tendo a consciência das situações que poderão advir nele, se denunciar o mal que o estado faz aos cidadãos, então ele ignora os problemas que os cidadãos passam começando pelas questões como: a educação, a saúde, as liberdades, a concorrência desleal, injustiças, a exclusão social, o abuso de poder, etc.


A bíblia sagrada é clara em I° Pedro 2:17: "Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei". Quer dizer se deve honrar o rei e temer-se Deus. Não o que se vê hoje e qualquer um de bom senso percebe-se que há inversão destas palavras, pois actualmente se teme o rei e se honra Deus. O servo de Deus tem a obrigação, repito a obrigação de anunciar o bem e denunciar o mal. Pois ele é servo de Deus e não servo do homem, é ministro de Deus e não ministro do homem. "É pá na bíblia sagrada há evidências, provas ou orientação para que o servo de Deus tenha esta linha de orientação ou há obrigatoriedade no cumprimento destas orientações? ". Há obrigatoriedade no cumprimento destas orientações, lendo o Ezequiel 3:16-21, e em Isaías 10: 1-2, o Profeta Isaías denúncia o mal que o estado causa ao povo. Então não é errado e não é contra a ética e a deontologia do sacerdócio denunciar o mal que um estado, um partido político, uma organização cívica, etc. Causam ao povo ou denunciar o mal que um cidadão ou de cidadãos causam a um estado, a um partido político, a uma organização cívica, etc.


Claro que as autoridades existem por permissão de Deus e devem ser obedecidas (Romanos 13:1-6). Mais devemos ter em atenção, pois o servo de Deus não se encontra na mesma categoria que o cristão, o cidadão e o estado. Quer dizer, o cristão é uma ovelha e o servo de Deus é o Pastor encarregue de apascentar estas ovelhas. Ora as autoridades não tem o estatuto de servos de Deus ou de ministros de Deus, logo elas não estão acima de servos de Deus. Mas neste rebalho existe um conjunto de membros de podem associar em diferentes grupos com a finalidade de disputar, quem irá representar e defender os interesses de toda comunidade ou rebalho e a associação que vence esta disputa, através do voto de confiança da comunidade por meio das eleições, ele governa, e o servo de Deus como Pastor, ele deve apascentar o rebalho, e a sua função é fiscalizar, nortear, etc, e ele materializa estas funções denunciando o mal que as autoridades fazem ao cidadão e do mal que o cidadão ou os cidadãos causam as autoridades e anunciando o bem que as autoridades fazem aos cidadãos e do bem ou as boas acções que os cidadãos prestam as autoridades.


Pois antigamente Deus governava directamente o povo usando os sacerdotes. Mais depois Ele instituiu o estado, e incumbiu ao servo de Deus a função de fiscalizar, nortear, etc. As acções tanto do estado como do cidadão (I° Samuel 10:17-18, 24). Por isso em Romanos 13:1-6, o Apóstolo Paulo anúncia que quem instituiu as autoridades é Deus. Mais, Deus não deixou as autoridades para fazerem tudo ao seu belo prazer, por isso colocou o servo de Deus para fiscalizar, nortear, etc. As acções do estado. Porque o servo de Deus é o atalalia (vigia) duma nação (Ezequiel 3:16-21).


Em suma a sociedade que temos hoje é fruto da falta de acção fiscalizadora, norteadora, etc. Do servo de Deus nas acções do estado, dos partidos políticos, das organizações cívicas, etc. Deste modo cabe ao servo de Deus retomar o exercício da função que lhe fora incumbida por Jeova.Pois actualmente sou os políticos é que são apontados como os causadores de todos males que enfermam a sociedade. Mais na realidade os verdadeiros culpados das situações que assolam a sociedade são os servos de Deus. Pois se esquivam da real missão que lhes foi incumbido. Que se resume em apregoar o evangelho da libertação: anunciando o bem e denunciando o mal, fazendo-se uso duma mensagem crítica construtiva, que na verdade ajuda o próprio estado, partidos políticos, etc. A melhor se posicionar na sociedade.