Luanda - Os anos de 2003 à 2013, foram marcados por uma profunda revolução económica em Angola e pelo fim da guerra civil que perdurou mais de duas décadas, a guerra pilhou a paz, e colocou os angolanos na penumbra do sofrimento.


Fonte: Club-k.net

O passado foi árduo e horrível, feito numa festa da desgraça animada pela música da metralhadora e pelo baile dos canhões, quis Deus que o grito das armas e o choro dos tanques de guerra morressem solteiros e sepultados juntos na terra do exilio e no silêncio, calando – se para sempre a voz das armas que gritavam, sem cessar lambendo a paz e o bem-estar social.

Nesta longa marcha, em 2008 os Angolanos foram as urnas e elegeram os seus lídimos dirigentes. O povo Angolano esteve cientes de que essas eleições se inseriam na longa tradição de luta pela conquista da sua cidadania e independência, proclamada no dia 11 de Novembro de 1975, data em que entrou em vigor a primeira Lei Constitucional da história de Angola, corajosamente preservada graças aos sacrifícios colectivos para defender a soberania nacional e a integridade territorial do país.

Assim, invocando e rendendo preito à memória de todos os heróis e de cada um dos angolanos e das angolanas que perderam a vida na defesa da Pátria; fiéis aos mais altos anseios do povo angolano de estabilidade, dignidade, liberdade, desenvolvimento e edificação de um país moderno, próspero, inclusivo, democrático e socialmente justo; comprometidos com o legado para as futuras gerações e no exercício da nossa soberania.

O fim da guerra, e a restauração da paz, deram lugar ao restabelecer da democracia, ao surgimento do crescimento económico, e do desenvolvimento do contingente humano em todas as facetas sociais.

Essa é a década de que Angola viu renascer uma alegria qua há muito se havia perdido na memória do tempo, uma década que varreu todas as adversidades sociaIs causadas pelas feridas trágicas da guerra.

Os anos de 2013, ficam patentes nos olhos da nação angolana, de que estamos diante, da década com mais ganhos desde a era pós – independência até ao momento, marcada por uma progressão retumbante das taxas do PIB, uma desaceleração da inflação, passando mesmo pela reconstrução maciva do país, tornando Angola num canteiro de obras, desde infra – estruturas arruinadas pelos conflitos armados, as reconstruções de infra – estruturas de raiz, assim como a constituição de Angola num pólo de atração do investimento estrangeiro, sendo de então, Angola caracterizada como uma economia emergente que mais crescia na África – Austral, com bons indicadores económicos, sendo um período que o País mais cresceu até então.

 

Um modelo de evolução marcada pelo investimento estatal e financiamento externo (Chinês), marcava esta década, caracterizada pela profunda reestruturação do país, em todas as suas paragens, até mesmo, as áreas mais recônditas da geografia angolana, a paz, trouxe consigo, inúmeros privilégios de crescimento que se repercutia no angolano e na nação angolana, permitindo desde logo, a reunificação do País através da reabilitação de estradas, o cessar da vida militar forçada por rusgas de mancebos para os enviar às frentes de combate, à abertura de vários polos Universitários públicos e de Universidades privadas, em todos os cantos do País, com aumento em massa do contingente estudantil, desta natureza, tendo hoje Angola, registado em uma magnitude altíssima de estudantes universitários, permitindo a construção de hospitais, escolas, pontes, cidades, vilas, aldeias, fazendas de agropecuária etc…

 

Uma década de vislumbrantes vitórias de índole evolutiva, cujo projecto hegemónico foi marcado por conquistar estabilidade geopolítica e socioeconómica lançando mão à diplomacia externa, e ao crescimento do investimento público e privado, assim como o cruzar da mão-de-obra estrangeira que de facto, exerceu um papel de profunda decisão na progressão e reconstrução do País. Sem os quais, o presente que hoje nos caracteriza não seria nosso. O País trilhava passos largos de uma evolução ímpar, uma disputa de rumos tomava conta do cenário nacional.

 

Surgem no País infraestrutura físicas, com suas redes de transporte, energia, comunicações etc. O País ganha um rumo, o rumo do progresso imparável. O País começa ao todo apostar no investimento privado, no surgimento do empreendedorismo privado da camada mais jovem.

 

O País tomou uma direcção de coesão de estruturação ávida, começando por um futuro virgem, caracterizado sobre tudo pela edificação do contingente humano, expresso na educação, saúde e organização social do povo. Ocorre através desta década o rearranjo do povo angolano, a reconciliação nacional de todos os angolanos e angolanas. Foi marcado por um grande aumento no crescimento da rede viária a nível de todo domínio nacional, um País que antes contavam – se os veículos automóveis nas estradas, passara a se registar por um alto tráfego nas redes viárias, passando a chamar – se Angola o país do engarrafamento.
A educação pública registou seu maior avanço, e a saúde viu crescerem seus recursos em todos os níveis, exceptuando – se apenas as questões ligadas à saúde pública.


A paz trouxe consigo incalculáveis resultados, todos estes interpretados sobre o ponto de vista de ganhos profundos nas questões ligadas a estabilidade política, social e alto nível de crescimento económico.

Houve um grande desenvolvimento político-social, marcado pelo acentuado fortalecimento das raízes da democracia nacional. Ainda assim, um grande impulsionador na luta a favor da emancipação popular, na liberdade dos povos, e marcado pela decadência de entidades políticas históricas, e pelo surgimento de outras entidades partidárias.


O forte desempenho económico do país nos anos 2013, confirma-se pelo comportamento do PIB, que assume uma característica histórica, passando a atingir um crescimento nunca antes evidente no País.
Uma pergunta fica despida de resposta: o que se espera após a década de ganhos, ou seja o que se espera da actual década? A década de crise económica?


A década vigente entre nós, marcada por profunda crise de índole económica, pode de então, dar lugar a uma evolução aceitável, caso se souber aproveitar a crise e tirar dela oportunidades de avanço, a economia sob dependência absoluta do crude pode deixar de ser um facto, passando o país a deixar de ter uma economia dependente de importação de recursos, passando a manufaturação, tornando Angola numa sociedade industrial moderna. Essas características são definidas por uma cadeia produtiva diversificada e articulada e uma classe operária numerosa e qualificada. O motor dessa transformação será a decidida acção do Estado como indutor e planejador económico. No final desta viagem, estaremos entregues à integração da economia mundial como um país crescente de renda média.

No plano político, as marcas das conquistas através da Paz, seguem em permanente construção, nem sempre de forma linear. As disputas continuam. Mas mesmo assim, Angola e os angolanos não param de reconstruir e fortificar os seus laços de solidariedade e irmandade entre irmãos.
Bem – haja!