Luanda - Em entrevista ao Jornal de Angola, o juiz-conselheiro-presidente da instituição, general António dos Santos Neto “Patónio”, considerou os militares das FAA (sob comando do general Wala) que assassinaram o adolescente António Rufino, ocorrida no Zango agiram em legítima defesa.

Fonte: Club-k.net

General “Patónio” mantém impune  soldados que assassinam  populares 

Segundo António dos Santos Neto “a Justiça militar está a fazer o acompanhamento deste caso através da Procuradoria das FAA e da Polícia Judiciária Militar”



Porém questionado que tipo de sanções está sujeito o militar que supostamente efectuou o tiro que provocou a morte ao adolescente, o Presidente do Tribunal Militar adiantou que “Caso se conclua que o tiro foi efectuado por um militar, tendo em conta que não se tratou de uma acção isolada, a Justiça militar tem de responsabilizar o mandante da operação.”

 

“Aqui estaríamos diante de um crime praticado por um militar contra um civil. Se assim for, o processo passa a ser da competência do tribunal comum. Contudo, daquilo que ouvimos presume-se que os militares agiram em legítima defesa”, disse o magistrado.


De realçar que esta não é a primeira vez que a justiça em Angola mantém impune e dá razão a militares que tiram a vida de populações indefensas. Em Novembro de 2015, o Tribunal de Luanda absolveu  o soldado da Guarda Presidencial, Desidério Patrício de Barros,  autor confesso da morte do dirigente da CASA-CE, Hilbert Ganga a 23 de Novembro de 2013.

 

Apesar de o autor ter confessado o crime, o Tribunal entendeu que a acção ocorreu numa altura em que o réu se encontrava em serviço em área de alta segurança de Presidência da República, a Cidade Alta.


O advogado da família, Francisco Michel prometeu recorrer da sentença e nunca mais se falou do assunto.