Luanda - O Congresso da CASA – CE que se realiza entre os dias 6 e 7 de Setembro pode partir já viciado, segundo denúncias de um grupo de militantes que acusa o coordenador da Comissão Organizadora, Manuel Fernandes de ser “árbitro e jogador”.

Fonte: Club-k.net

Segundo as fontes do Club-K, Manuel Fernandes que também é vice-presidente da CASA-CE, e deputado à Assembleia Nacional, estará também vinculada a campanha do actual presidente da coligação, Abel Chivukuvuku.


Até a semana passada, ainda citando as fontes, esta coligação não tinha indicado aos concorrentes ao cadeirão máximo daquele que será o mais novo partido angolano, quem serão os seus eleitores.


“Muita coisa não está a ir conforme neste processo. Os candidatos também foram proibidos de injectar dinheiro nas suas campanhas, tendo a nossa CASA atribuído valores mínimos para estes trabalharem. Talvez dois dos candidatos consigam fazer uma campanha mais ou menos, mano não acreditamos que o dr. Kalupeteka se aguente”, disse a este site de notícias um dos denunciantes.


O Club K conseguiu saber junto de uma fonte das estruturas da coligação que a cada candidato foi atribuído o valor em kwanzas que rondam os 100 mil.

Manuel Fernandes é ainda acusado de interferir no arranque da campanha.


“A comissão organizadora também atrasou propositadamente com o processo de avaliação das candidaturas, o que tem dado azo para muita agitação dentro das nossas estruturas, com trocas de acusações”.


Outras das questões que está a causar um mal-estar entre os aderentes da CASA de Chivukuvuku, é o facto de a Comissão Organizadora, liderada por Fernandes, ter estabelecido que, a eleição do presidente será feita no primeiro dia do congresso, na parte da manhã, antes do actual líder fazer a prestação de contas.


Neste Congresso, a CASA-CE fará a eleição do presidente, vice-presidentes, e os membros para o Conselho Deliberativo Nacional.

O Congresso deverá, também, alterar os documentos reitores,  como os estatutos e o programa, traçar a estratégia eleitoral e deliberar sobre a transformação da coligação em partido político.

O II Congresso Ordinário da CASA-CE tem a participação de 800 delegados em representação das 18 províncias do país e da diáspora. São delegados os membros do Conselho Deliberativo Nacional cessantes, membros eleitos nas conferências municipais e provinciais, bem como os representantes da coligação junto das comunidades de angolanos no exterior e convidados. A CASA-CE é   a terceira maior força política na Assembleia Nacional, onde ocupa oito dos 220 assentos.