Luanda - Transformar a coligação em partido político, já no II Congresso Ordinário da CASA-CE, iniciado nesta terça-feira, 06, em Luanda, é a prioridade do aspirante à presidência, Carlos Pinho.

Fonte: Angop
No seu manifesto eleitoral, o candidato aponta ainda a definição de uma estratégia eleitoral que potencie vencer as eleições de 2017, através da implantação de um eficaz sistema de fiscalização e controlo de voto que mitigue a ocorrência de fraude eleitoral.

Das promessas apresentadas, destaca-se ainda a introdução do principio da eleição directa para provimento dos cargos na hierarquia da organização política, baseado em programas e moções de estratégia que promovam o mérito, o espírito da gestão da coisa pública e a democracia.

No plano nacional, Carlos Pinho, nascido em 1969, em Luanda, licenciado em Direito, também inumera 10 argumentos que passam pela reforma do regime e do funcionamento do Estado, mediante a adopção de um sistema de governação semi-presidencial com eleição directa do Presidente da República, sem dependência de partidos políticos.

Propõe reformar o sistema eleitoral e garantir um processo transparente e isento, mediante a representação da sociedade angolana em todo o processo de fiscalização, nomeadamente ordens profissionais, igrejas, associações, órgão judiciais, autoridades tradicionais, partidos políticos e igualdade de representação na Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Sugere ainda a implementação de uma política orçamental, fiscal e monetária que promova o desenvolvimento da economia, através da limitação dos níveis de endividamento externo, adequação dos procedimentos de fiscalização da despesa pública, e a liberalização do mercado cambial, entre outras medidas.

Até ao momento não se tem dados sobre as pretensões do terceiro candidato à liderança da CASA-CE, João Calupeteca, de 47 anos, formado em Informática e representante da organização em Espanha nos últimos quatro anos.

O congresso vai eleger também, ainda hoje, os vice-presidentes da coligação, que poderá transformar-se no mais novo partido político angolano.

Fundada a 5 de Janeiro de 2012, a CASA-CE é uma coligação formada pelos partidos Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Pacífico Angolano (PPA), e Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA).

A decorrer até quinta-feira, sob o lema “Angola para todos”, o conclave conta com 850 delegados provenientes das 18 províncias do país e da diáspora, e mais de uma centena de convidados nacionais e estrangeiros.