Luanda - O meu nome é *******, sou trabalhador da Academia Naval da Marinha de Guerra Angolana. Escrevo ao Club K para desabafar uma situação:

 

Essa instituição insiste em remunerar os professores contratados à mão. No início do presente ano lectivo/2016, houve uma orientação do Comando da Marinha de Guerra Angolana para que deixassem pagar os professores à mão, mesmo assim o Comando da Marinha não obedece a tal ordem.

 

Ora, os professores já foram notificados a darem as contas bancárias, porém insistem em entregar o dinheiro na mão. Houve, inclusive, um docente que, ao sair da instituição, foi assaltado no dia em que recebeu a sua remuneração. Tal situação não aconteceria, se os rendimentos desse professor fossem bancarizados.

 

Acontece que o Comando da Academia insiste para tirar dividendos, ou seja, os salários dos professores saem durante um ano (12 meses), inclusive os subsídios de férias, entretnto, os professores só recebem 10 meses, sem saber para onde vão os outros dinheiros. Para se ter uma ideia, antes do ano lectivo começar, há um grupo de professores que deu aulas de nivelamento; a remuneração veio na totalidade, entretanto os professores só receberam a metade do valor. O engraçado e caricato é o facto de a folha de salário apresentar o valor total e darem só a metade. Houve mesmo um docente que exigiu o valor que estava na folha, ficou uma semana a exigir, mas acabou recebendo, não sei com que justificação.

 

Resumindo e concluindo, o Comando da Academina Naval insiste em pagar a mão para poder manientar os professores, uma vez que fazem descontos sem esclarecimento, inclusive se sabe que o valor que cai no banco é superior ao que os docentes recebem a mão.

 

Talvez se isto sair no Club K, o Comandante da Marinha se aperceba e seja pressionado a exigir que a ordem de bancarizar os salários dos docentes da Função Pública seja cumprida, contribuindo para a transparência administrativa e evite que ainda haja aproveitamento dos rendimentos daqueles que se esforçam dia e noite.

 

Nós só queremos um país sério em que se cumprem com as ordens, principalmente as que contribuem para a melhoria da função pública e o desenvovimento de Angola. Será que é utopia pensar assim?