Cabinda - O responsável adjunto da informação da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda / Forças Armadas de Cabinda (FLEC/FAC), João Baptista Ngimbi, conhecido como “Sem Família”, foi “raptado na terça-feira 30 de agosto por um comando angolano em Ponta Negra, na República do Congo”, informou fonte da resistência cabindesa.

Fonte: e-Global Notícias

João Baptista Ngimbi “Sem Família” estava de passagem em Ponta Negra numa visita privada quando a sua presença na cidade foi assinalada por um “informador” às autoridades angolanas.

 

Através de um comunicado o presidente da FLEC/FAC, Alexandre Tati Builo, precisa que o rapto de João Baptista Ngimbi, “Sem Família” foi uma ação dos “esquadrões da morte infiltrados pelo exército angolano em território congolês”.

 

No mesmo documento refere que “esquadrões angolanos” envergando uniformes da polícia congolesa imobilizaram João Baptista Ngimbi “Sem Família” com “a ajuda de produtos tóxicos”, inconsciente João Baptista Ngimbi foi colocado na traseira de um veículo todo-o-terreno que partiu para “uma destinação desconhecida”.

 

Segundo a FLEC/FAC, desde 2011, “o governo angolano infiltrou 6000 clandestinos nos dois países vizinhos para a ‘caça ao homem’ contra os Cabindas que se opõem ao repatriamento”.

 

Vários responsáveis da FLEC/FAC e nacionalistas cabindeses têm sido alvo de capturas e execuções na República do Congo e República Democrática do Congo (RDC). Gabriel Augusto Nhemba “Pirilampo” e Maurício Lubota “Sabata” em foram capturados e executados em 2011, assim como João Alberto Gomes “Noite e Dia”, David Zau, Sebastião Mazunga, José Clemente Mavungo em 2012, e João Massanga “Homem de Guerra” em 2015. Ações que a guerrilha cabindesa atribui às forças especiais angolanas, “que têm a missão de eliminar progressivamente” todos os responsáveis da organização.

 

Segundo fonte da e-Global, João Baptista Ngimbi “Sem Família” foi transferido para o “centro de detenção do estado-maior em Tchiowa”.