Luanda - O Bloco de Esquerda defendeu hoje em Luanda a conquista de uma paz verdadeira para Angola, através do alcance de uma democracia e desenvolvimento de facto do país.

Fonte: Lusa

A mensagem foi hoje transmitida pelo responsável do departamento internacional do BE, Bruno Góis, na cerimónia de abertura do II congresso ordinário da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que arrancou hoje em Luanda e decorre até sexta-feira.

 

O dirigente político português frisou que o seu partido segue com interesse e afeto a luta e os trabalhos do povo angolano para fazer Angola cada vez melhor.

 

Segundo Bruno Góis, Angola já conquistou vários feitos, nomeadamente a luta pela independência nacional, o fim da guerra e o princípio do pluripartidarismo para o país, para que "as consciências, as opiniões se expressem democraticamente e para que cada angolano pudesse ser decisor do seu futuro".

 

"Esse é o combate presente, a paz não é só o fim da guerra, a paz, na minha opinião, enquanto militante do BE e enquanto companheiro, é uma luta presente, a paz é o desenvolvimento deste país e a CASA-CE e as forças democráticas de Angola é que vão construir essa paz verdadeira", destacou.

"Porque a paz não se consegue sem a democracia e a democracia não se consegue sem o verdadeiro desenvolvimento, que dê trabalho às angolanas e aos angolanos, que lhes dê acesso à saúde, à educação", salientou.

 

Bruno Góis manifestou a amizade e solidariedade do BE para apoiar na construção desse futuro, em que Angola seja cada vez mais um Estado de direito e democrático.

 

"Um Estado onde cada pessoa possa exprimir a sua opinião, em que possa haver divergência de opiniões e em que cada uma e cada um possa trabalhar pelo desenvolvimento do seu país, afirmar esta grande nação, um futuro de uma Angola mais livre, mais desenvolvida, uma Angola para todos", realçou.

 

Em declarações à agência Lusa, Bruno Góis disse que em Angola o BE tem relações privilegiadas com a CASA-CE e o Bloco Democrático, partidos democráticos para que Angola se afirme cada vez mais como um Estado democrático e de direito.

 

"A CASA-CE preenche esses requisitos, é uma força nova que pretende trazer desenvolvimento e democracia para Angola e é nessa base que o BE tem relações com essa força política", frisou, acrescentando que a segunda maior força da oposição angolana é necessária para contribuir para que haja mais democracia para Angola e mais desenvolvimento para o povo.

 

Relativamente às relações entre Angola e Portugal, Bruno Góis classificou como históricas, uma relação popular, além da institucional, mas que o BE não pode deixar de ver com alguma preocupação "o entrelaçamento de alguns interesses dominantes do Estado português e interesses dominantes da economia angolana e da política de Angola".

 

"Cada Estado é soberano e nós respeitamos a soberania de todos os Estados e, em particular, do Estado angolano, no respeito pelo seu longo processo de independência nacional, da parte do BE temos imenso respeito pela soberania nacional angolana, o que não nos impede de ter opinião sobre a política angolana, sobre a luta pelos direitos sociais e pelas liberdades em Angola", disse.