Lisboa - A presidente da petrolífera angolana afirmou, numa entrevista à CNBC Itália, que a empresa reduziu os custos de produção do barril em 12 dólares. E prevê que, dentro de três anos, o preço do petróleo suba.

Fonte: Economico

Isabel dos Santos diz que a Sonangol está a produzir um barril de petróleo a um preço mais baixo do que acontecia anteriormente, sendo que esta situação permite melhorar a margem financeira da petrolífera angolana. Segundo a presidente da Sonangol a sua gestão conseguiu baixar em 12 dólares o custo de um barril de petróleo.

 

"Falámos com os fornecedores para reduzirmos os preços dos nossos contratos e isso permite-nos ter uma melhor margem, por isso estamos a produzir um barril que custa menos de 12 dólares" afirmou Isabel dos Santos em entrevista à CNBC Itália, concedida à margem da sua participação no "The European House - Ambrosetti Forum", um "think tank" europeu.

 

Na entrevista, a líder da Sonangol identificou as suas tarefas prioritárias na gestão da petrolífera angolana, salientando que pretende gerir o negócio de forma mais transparente e aumentar o retorno da actividade para o Estado.

 

Segundo Isabel dos Santos, a sua administração está "a reestruturar o nosso negócio e a analisar as melhores formas de diminuir os custos operacionais", e a identificar formas de desenvolver campos de petróleo a menor custo para conseguir "’um break-even’ mais cedo e um barril mais lucrativo para os operadores e para o Estado".

 

Questionado sobre a evolução do sector, a empresária angola sustentou que a "previsão para os preços do petróleo é muito positiva", sendo expectável que nos próximos três a quatro anos se possa verificar um aumento do preço do barril.

 

"Tem havido menos exploração de petróleo, muitas empresas pararam, o que significa que, a longo prazo, os stocks de petróleo vão diminuir, por isso vamos ter menos petróleo e os preços vão subir. Para o próximo ano vamos ter um valor entre os 45 e os 50 dólares, mas em três a quatro anos vamos sentir as repercussões do menor investimento", perspectivou Isabel dos Santos.