Luanda - O porta-voz do Serviço Penitenciário angolano, Menezes Cassoma, garante que os reclusos do estabelecimento prisional de Viana não são vítimas de maus-tratos. "Não é verdade que os reclusos se encontrem naquele estado porque estão a ser mal-tratados. É importante que a sociedade saiba que aqueles reclusos estão doentes, muitos deles padecem de tuberculose, outros são seropositivos e outros padecem de outras doenças”, afirma Cassoma.

Fonte: DW

Recentemente, Nuno Dala e Nelson Dibango, dois dos 17 ativistas angolanos, acusados de atos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores, denunciaram que falta comida a mais de 200 reclusos da prisão de Viana, na província de Luanda. Segundo os ativistas, muitos reclusos estão há menos de um ano naquela cadeia e já estão esqueléticos.



Menezes Cassoma nega que haja falta de alimentação nas cadeias. "Os 200 reclusos que se encontram naquele bloco não estão todos na mesma condição. Não se trata da questão da falta de alimentação, o problema é que eles são doentes. Na cadeia, todo o recluso tem direito a três refeições: pequeno-almoço, almoço e jantar", reitera, alegando que alguns presos entram em estado de depressão por falta de apoio familiar.


Mas Cassoma garante que, face à situação em que se encontram os reclusos, já foram tomadas medidas: "desde março que, paralelamente à alimentação diária que eles têm, temos dado um reforço de papas e sopas nutricionais".



No entanto, na opinião do ativista Nuno Dala, "o facto de se estar a providenciar aos presos magros leite e papas enriquecidas, está-se a reconhecer que realmente a situação nutritiva dos presos é catastrófica".