Luanda - O Banco de Poupança e Crédito, que este ano recebeu uma garantia soberana do Estado avaliada em USD 325 milhões para a sua restruturação, conta desde segunda-feira com uma nova administração. Segundo um documento, em 2015, o BPC registou um crescimento na componente dos seus activos de 11,1%, influenciado pela expansão moderada de créditos a clientes e das aplicações em títulos, de Kz 42,3 mil milhões (4,8%) e Kz 33,3 mil milhões (72,1%), respectivamente. Os resultados líquidos totalizaram Kz 8,3 mil milhões e o rácio de solvabilidade fixou-se em 11,3%, superando o valor de 2014 em 1,2%.

Fonte: O País
O maior banco de capitais públicos em Angola viu aumentar o seu rácio de crédito malparado, de 17 para 23% entre 2013 e o terceiro trimestre de 2014. No seu relatório de 2015, o banco relata que em 31 de Dezembro de 2015, os vinte maiores clientes tinham uma exposição acumulada de Kz 338,8 mil milhões, correspondente a 34,3% do total da carteira de crédito e a 253,4% dos Fundos Próprios Regulamentares, contra 25,3% e 235,8% no fim de 2014.

 

A administração cessante ficou por concretizar a criação do “Banco de Micro Finanças”, anunciado em 2015, em virtude da necessidade de uma melhor aplicação dos fundos de micro-finanças dirigidos ao programa de combate à fome e à pobreza definido pelo Executivo. Entretanto, um desafio para a nova administração.

 

A cobrança do crédito mal parado é outro desafio que a nova administração enfrentará nos próximos anos. O relatório indica que durante o ano económico 2015, o BPC inaugurou 36 balcões, sendo 6 agências e 30 postos de atendimento, totalizando 406, o que permitiu alargar a sua cobertura geográfica a 95 municípios do país.