Luanda - Mais de trezentos empresários e homens de negócios nacionais e estrangeiros participam desde e, quinta-feira, em Viana, no I Congresso dos Empresários de Luanda, que visa delinear algumas vias para apoio ao governo no processo de diversificação da economia angolana.

Fonte: Angop

Ao discursar durante a cerimónia de abertura do evento, o presidente da Associação Empresarial de Luanda, Francisco Viana, disse que o conclave procura, através de um diálogo franco e aberto, identificar uma agenda económica e empresarial que possa proporcionar uma concertação entre o governo de Angola e a classe empresarial.

 

Considerou que o congresso constitui um momento histórico e de viragem, pois poderá contribuir decisivamente para criação de um Conselho de Concertação Económica e Empresarial, onde governantes e os representantes do sector privado possam adoptar uma agenda comum e apresentar relatórios de progressos e constrangimentos.

 

Na mesma senda, Francisco Viana refere que o conclave é uma ocasião privilegiada para se definir caminhos que possam desenvolver o país no que diz respeito a ambiente de negócios e torná-lo cada vez menos dependente do OGE, com uma economia mais diversificada, assente no seu sector produtivo e com uma indústria e serviços capazes de competirem numa economia global cada vez mais exigente.

 

O empresário disse ter consciência que em dois dias de congresso não se resolvem problemas que podem levar anos a ultrapassar, pelo que apelou, para que o encontro possa ser útil ao país e aos empresários, que se tenha coragem e clarividência na abordagem dos vários aspectos, com espírito aberto, sem preconceitos.

 

“Espero que consigamos produzir ideias e propostas de soluções, bem como apresentar projectos exequíveis que possam ser realizados com o apoio indispensável do executivo”, frisou.

 

Reconheceu que o país está a passar por momentos difíceis, mas enfatizou que já se passou por momentos piores sem que os angolanos perdessem a alegria de viver, nem a esperança de dias melhores, pois é um povo resistente que vai continuar a lutar produzindo cada vez mais.

 

O responsável declarou que o sector privado se revê na moção do Estadista angolano recentemente apresentada, nomeadamente no que respeita as matérias económicas e empresariais e que concorda que as mesmas devem ser implementadas com rigor e patriotismo.

 

Explicou que para realização do congresso foram percorridos todos os municípios da província de Luanda e se realizaram sessões de auscultação aos empresários locais.
Aproveitou a ocasião para realçar o elevado sentido de estado e patriótico do governador de Luanda, que desde a primeira hora soube entender a necessidade desse diálogo e da concertação público-privada.

 

Durante dois dias, os congressistas vão abordar temas como Modernização e funcionamento do sistema financeiro, Agronegócio: Factor decisivo, Os desafios da diversificação, Fomento empresarial e incentivo ao empreendedorismo, Investimento estrangeiro e cooperação empresarial, dentre outros.

 

Participam ainda do conclave, governantes, membros do corpo diplomático, bancários e demais convidados.

 

Empresários de Luanda defendem reforço no diálogo com Estado

 

O Porta-voz do Primeiro Congresso de Empresários de Luanda, Francisco Viana, defendeu a consolidação do diálogo entre o sector privado e Estado, visando o rápido desenvolvimento económico e social do país.

 

O empresário disse que não é possível haver desenvolvimento económico em Angola, sem que os privados concertem bem as ideias e projectos com o governo, a nível da provincial ou central.

 

Segundo o responsável, este é um dos objectivos que os empresários de Luanda, a nível dos municípios e distritos, pretendem alcançar com a realização do congresso previsto para os dias seis e sete, no município de Viana

 

Consolidar o diálogo e encontrar uma agenda comum, segundo o responsável, é outro objectivo do certame que pretende fortalecer e capacitar o movimento associativo e fazer com que as 135 associações empresariais de Luanda, possam encontrar um consenso a volta dos assuntos do país, como interlocutores validos do Executivo.

 

“ Quando o governo quiser resolver um assunto com o sector privado, vai trabalhar com um conjunto de associações organizadas com ideias e uma agenda comum, e ai encontrar soluções para ultrapassar o momento de crise”, sublinhou.

Realçou que a associação dos empresários de Luanda, no qual também é presidente, tem a perfeita consciência da importância da competitividade do sector privado para o desenvolvimento do país.

Acrescentou que nas políticas transversais de apoio a competitividade e ao desenvolvimento do sector privado a serem estudadas constam os domínios da promoção da qualificação dos factores de produção e da competitividade das empresas, envolvendo a criação de instrumentos de apoio as pequenas e medias empresas.

Devem participar no encontro quase 400 pessoas, entre deputados, membros do executivo, do Governo Provincial de Luanda (GPL), administradores distritais e municipais, associações empresarias, representantes do sector das províncias da Huila, Huambo, Benguela, Uige, Malange, Cuanza-Sul, Cuanza-Norte e da comunidade empresarial estrangeira no país