Menongue - O governador do Cuando Cubango, Pedro Mutindi, defendeu maior empenho, proactiva e ousada dos empresários, colocando o foco do seu trabalho no sector primário, onde se destacam a agro-pecuária, aquicultura, apicultura e a agro-indústria de pequeno porte. O governante fez este pronunciamento no encontro que manteve com os empresários locais que actuam em diversos ramos.

Fonte: Angop
O governador disse ser importante que os empresários reforcem a relação com o sector bancário, sobretudo através da apresentação de projectos inovadores e desafiantes.

“Os empresários são a base produtiva da província e do país. É sobre o empresariado que recai a responsabilidade produzir, inovar e em conjunto trazer soluções para os desafios que o país enfrenta”, destacou.

De acordo com Pedro Mutindi, o governo provincial tem consciência que deve apostar mais na classe empresarial e torná-la mais competitiva, auto-suficiente e com a capacidade para produzir mais e melhor.

Segundo afirmou, o Executivo tem plena consciência de alguns atrasos no pagamento dos serviços prestados e produtos fornecidos ao governo da província, tendo referido que não tem poupado esforços num trabalho junto do Ministério das Finanças.

Na ocasião, o vice-governador para o sector económico e produtivo, Ernesto Kiteculo, explicou que desde o quatro trimestre de 2014 as contas do Estado sofreram uma redução na ordem de 14,5 porcento, em que os actores públicos foram recebendo menos, o que resultou na redução das obras.

Para o vice-governador, esta realidade se reflecte na vida das empresas e na vida dos bancos e, por consequência na vida da população, a par deste facto, Ernesto Kiteculo explicou que no ano económico de 2016 o OGE revisto local estava estabelecido em 23 biliões de kwanzas e recebeu seis biliões.

Deste valor, prosseguiu, quatro biliões ficaram para despesas de capitais (reparação de escolas, centros médicos, captação de água, de furos de água e outros serviços) e para bens e serviços (deslocações dos funcionários, pagamento de combustível, reparação de viaturas e outros serviços) ficaram dois biliões de kwanzas. Afirmou que do referido valor o Governo do Cuando Cubango recebeu até ao momento 900 milhões de kwanzas.

União para desenvolvimento da província

Por outro lado, Pedro Mutindi disse esperar dos quadros a distintos níveis, empresários e a população em geral mais união para o desenvolvimento multifacetado daquela região. Segundo o governador, administradores municipais, representantes de instituições bancárias, entre outros convidados, cada cidadão que vive no Cuando Cubango tem de dar o seu contributo no processo de desenvolvimento da província.

Chamou a atenção dos membros do seu pelouro para governar em função da vontade dos governados, das orientações do partido no poder, MPLA e das orientações do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Para ele, ao invés de apenas criticar sobre o que foi feito e o que deve ser feito por parte do Governo, seria importante que houvesse mais entrosamento entre o Governo e os vários actores da vida política, social, empresarial, apontando críticas construtivas e soluções viáveis para se alavancar o desenvolvimento daquela região. Disse esperar que em cada encontro que houver, doravante, que os participantes apontem soluções para ajudar a contornar os problemas vigentes.

Pedro Mutindi reconheceu que o Cuando Cubango é uma província com terras aráveis invejáveis, bastante recursos hídricos, que precisam apenas de ser aproveitadas no diz respeito ao fomento da actividade agrícola, visando, desta forma, criar uma Angola renovada.

Criticou, por outro lado, a forma como a madeira local está sendo explorada, para quem é necessário que esta realidade mereça uma atenção especial, no sentido de não prejudicar a flora, a julgar pelo facto de não haver reflorestamento.  

Sobre os empresários, o governador pediu o arrolamento de todas as existentes na província de pequena, média e grande dimensão, sua organização financeira, patrimonial e as medidas em que o governo e os bancos podem ajudar.