Luanda - A produção industrial em Angola subiu mais de 11% no segundo trimestre do ano, face ao anterior, mas o número de pessoas ao serviço diminuiu, indica um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

Fonte: Lusa

De acordo com o relatório sobre o Índice de Produção Industrial (IPI) em Angola relativo ao segundo trimestre de 2016, as indústrias extrativas registaram o maior crescimento face aos primeiros três meses do ano (12,7%), seguida da produção e distribuição de eletricidade, gás e vapor (3,5%), enquanto a atividade de captação, tratamento e distribuição de água e saneamento diminuiu a atividade em 3,1%.


O Índice de Produção Industrial em Angola aumentou, desta forma, 11,1% face ao primeiro trimestre e 9,7% face ao mesmo segundo trimestre mas de 2015.

 

Angola é o maior produtor de crude em África e vive uma profunda crise financeira, económica e cambial, decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo, tendo o Governo lançado em janeiro um programa para a diversificação da economia, para aumentar as exportações e diminuir as importações.

 

O documento do INE refere ainda que o Índice de Pessoas ao Serviço - pessoas que participaram na atividade da empresa - entre abril e junho de 2016 registou um decréscimo de 5,0%, face aos primeiros três meses do ano, mas aumentou 3,1% quando comparado com o segundo trimestre de 2015.

 

Mais de metade das 140 mil empresas registadas em Angola em 2015 estavam na província de Luanda, mas daquele total só 30% tinham iniciado atividade, segundo um relatório anual do INE que a Lusa noticiou em julho último.

 

Angola tinha em atividade no final de 2015 um total de 41.507 empresas, das quais 22.930 a operarem em Luanda.

 

Segundo o relatório do INE, a província de Benguela é a segunda mais industrializada do país, com 3.643 empresas em atividade, enquanto no oposto da tabela, com apenas 383 empresas, está o Cuando Cubango, no sul de Angola.

 

Em 2015 estavam constituídas em Angola 139.980 empresas, das quais 96.580 ainda a aguardar início de atividade, 1.692 com atividade suspensa, enquanto 273 foram mesmo dissolvidas.

 

No ano anterior o país contava com 39.884 empresas em atividade, de um universo total de 116.894 empresas constituídas.