Lisboa – O alegado clima de “caças as bruxas” no Banco de Poupança e Credito (BPC) está a ser acompanhado com sugestões segundo as quais a nova administração pondera proceder com uma participação judicial   para  dar lugar a responsabilização de gestores e diretores que  terão supostamente incorrido em praticas de concessão de créditos - de forma arbitraria -  a troco de dividendos.

 
Fonte: Club-k.net
 
Segundo denuncias que circulam na própria instituição,  os gestores visados encorajavam amigos a criarem empresas privadas e  estas por sua vez  solicitavam empréstimos bancários e na hora da aprovação final, os gestores recebiam uma percentagem dos fundos que iam entre os 1 a 40%. (Um diretor habilitado a estas praticas passou a ser chamado pelos colegas como o “Senhor 30%”)
 
 
Entre os visados, que correm o risco de serem responsabilizados ou perderem os seus cargos, estarão altos funcionários como  um diretor para região norte, Serafim Cachuchu que terá incorrido em irregularidades ao  tempo em que esteve a exercer funções semelhantes da região de Saurimo, província da Lunda-Norte.  Outra visada é a diretora da região sul, Ilda Silva “Boneca” que na apreciação terá despertado atenção ao manifestar sinais de riqueza, desproporcional ao seu ordenado.
 
 
Um outro diretor da área de Pequenas e Médias Empresas junto do BPC, Nataniel Patrício Mesquita Francisco  é suspeito de ter recebido luvas por ter facilitado, em finais de 2013, duas empresas  Casicel Lda e Oil Dream Group Lda, a obterem créditos através deste banco estatal.
 
 
De acordo com explicações, o  processo de participação e afastamento dos gestores que supostamente terão incorrido  em praticas incorretas, vai ser antecedido por uma auditoria externa prevista para breve na qual foram já contactadas as consultoras KPMG e a DELLOITE.
 
 
O BPC é o maior banco comercial estatal em Angola.  Recentemente a nova PCA, Cristina Florência Dias Van-Dúnem reconheceu que a instituição está com problemas de liquidez. O banco esta a ser sujeito a uma restruturação que implica um aumento de capital por parte do estado.