Luanda - As receitas fiscais petrolíferas angolanas cresceram 6,4 milhões de euros entre julho e agosto, com a produção do país a aumentar em 2,5 milhões de barris, mas com a cotação média em queda.

Fonte: Lusa

Segundo dados do Ministério das Finanças compilados hoje pela agência Lusa, Angola exportou em agosto 53.906.745 barris de petróleo, mais 2.524.590 barris face a julho, a um preço médio que desceu para 43,7 dólares (contra a média de junho de 46,6 dólares), o que totaliza vendas globais de mais de 2,35 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) num mês.


As receitas fiscais com estas vendas subiram em agosto 1%, para 119.822 milhões de kwanzas (648 milhões de euros), ou seja 1.184 milhões de kwanzas (6,4 milhões de euros), o segundo melhor registo do ano, atrás de junho, quando os cofres do Estado encaixaram 127.091 milhões de kwanzas (687 milhões de euros).


As contas do mês de junho apontam que a exportação de cada barril de crude ultrapassou a nova previsão - decorrente da revisão do Orçamento Geral do Estado, aprovada em setembro - do Governo, que fixa em 41 dólares cada barril, contrariamente aos 45 dólares anteriores.


Na origem destes dados estão números sobre a receita arrecadada com o Imposto sobre o Rendimento do Petróleo (IRP), Imposto sobre a Produção de Petróleo (IPP), Imposto sobre a Transação de Petróleo (ITP) e receitas da concessionária nacional.


Os dados constantes nestes relatórios do Ministério das Finanças resultam das declarações fiscais submetidas à Direção Nacional de Impostos pelas companhias petrolíferas, incluindo a concessionária nacional angolana, a empresa pública Sonangol.


Angola é atualmente o maior produtor de petróleo em África, mas vive desde o final de 2014 uma forte crise financeira, económica e cambial decorrente da quebra para metade nas receitas da exportação de petróleo.