Luanda - Mesmo o então governador da Huila Francisco José Ramos da Cruz ter “alertado para não mexerem na Rádio 2000, porque iriam desestabilizar aquilo. Mas a verdade é que mexeram mesmo. A prova de que “ao mexerem na Rádio iriam estragar está ai”, disse Horácio Reis, jornalista há 46 anos e autor do livro: "Ao Lubango um monte de história".
 
Fonte: Club-k.net
 
Horácio Reis, co-fundador e ex-sócio da referida rádio onde compartilhou a redacção com jornalistas como Sebastião Coelho e Emídio Rangel, garantiu que nunca foi usado ou manipulado pelas autoridades governamentais.
 
 
Em nome da imparcialidade sentiu-se obrigado a solicitar à sua demissão da Rádio em 2005. Por haver alguém que manipulou os trabalhadores e “levou-os a fazer um levantamento, esta acção paralisou a rádio e a partir dai desencadeou-se tudo”. Este facto abrigou o jornalista a vender às suas acções que foram compradas pelo MPLA.
 
 
Depois deste acontecimento Horácio Reis disse que a Rádio 2000 mergulhou numa onda de problemas como “de sabotagem ao sistema da rádio, a parte digital aos programas de gestão da empresa tudo isto foi sabotado”, concluiu, quando falava durante a 20ª edição do programa radiofónico: Mais Comunicação da Rádio Kairós.
 
 
O jornalista entende que com o sucedido a emissora perdeu muito em matéria radiofónica, porque a sua linha editorial privilegiava à formação. No âmbito da capacitação dos seus quadros, leccionavam técnicas de redacção, locução e não só. Os recens formados eram avaliados “e havia alguns que era possível limar as arestas e entravam e hoje perdeu-se tudo”, lamentou.
 
 
A Rádio 2000, antena comercial do Lubango emergiu na febre dos rebentos dos meios de comunicação social privados depois da adopção da democracia como sistema de governação para República de Angola em 1991 mediante a aprovação da Lei Constitucional e a aprovação da primeira Lei de Imprensa que até ao momento não foi, ainda rugalamentada pelo Executivo.