Brasil - O embaixador de Angola no Brasil está com os nervos à flôr da pele devido ao facto de termos feito luz a algumas irregularidades e abusos em que o mesmo é o principal «protagonista». Nelson Cosme, segundo soubemos, prepara-se para (contra) atacar e, por esta via, chamar à pedra e, se possível for, traçar uma estratégia para demitir o director da Casa de Angola na Bahia, Camilo Afonso.

Fonte: Facebook

Para viabilizar e legitimar o seu (contra) ataque, a ser desencadeado nos próximos dias, o embaixador Nelson Cosme convocou, com carácter de emergência, uma reunião, para manhã desta segunda-feira. A agenda da reunião tem apenas um Ponto: «A Situação da Casa de Angola na Bahia e o futuro do seu director».


O director da «Casa de Angola na Bahia» será o grande ausente desta reunião em que se poderá definir o seu futuro. Nelson Cosme quer ver Camilo Afonso fora da «Casa de Angola», porém tal não depende dos seus humores.


Por esta altura, o embaixdor de Angola no Brasil, cuja gestão é bastante sofrível, já terá confabulado com o ministro das Relações Exteriores - que se encontra em Brasília para partipar na XI Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP - sobre as «nuvens» que ensobram o seu consulado, ensejando, desta forma, convencer o seu interlocutor com a seguinte ladaínha: «Olhe, Excelência, isto aqui está muito bom; isto aqui está bom demais! (...)».


Com o seu ar de falho sacerdote, Nelson Cosme vai dizer tudo (e mais alguma coisa) a George Chicoty, menos a verdade que todos os angolanos que vivem no Brasil (e não só) sabem: Que a representação diplomática do Estado angolano em Brasília é dirigida à «trouxe-mouxe», bem ao estilo de um aristocrata decadente que confunde diplomacia com o mais «barato dos snobismos».


Com o seu sorriso «Colgate», Nelson Cosme vai dizer tudo (e mais alguma coisa) a George Chicoty. Vai dizer tudo, menos uma verdade insofismável: Que, ao arrepio do que está estabelecido por Lei, chamou a si a responsabilidade de gerir os dinheiros da «Casa de Angola na Bahia». Mais: Que há inobservância no que tange à transparência da gestão do orçamento da Embaixada.


Com o intuito de ocultar as suas insuficiências diplomáticas por detrás dos ternos e gravatas parisienses, Nelson Cosme não vai revelar a George Chicoty que, nos próximos dias, centenas de pessoas (angolanos e baianos) vão testemunhar à entrega oficial da «Casa de Angola na Bahia», por parte do Governo brasileiro, na seguinte condição: Paredes por pintar, esgotos à céu aberto à entrada principal, bandeiras da República de Angola já, de per si, bastante surradas e mobiliário de «mil novecentos-e-troca-passo». Este é o mais fiel retrato da situação actual da «Casa de Angola na Bahia».


Com o argumento de que é um diplomata forjado pela academia francesa (como gosta de alardear), decerto que Nelson Cosme vai dizer a Geroge Chicoty que a sua relação com os funcionários da Embaixada de Angola em Brasília é uma «maravilha». A verdade vai no sentido oposto: O embaixador de Angola aqui no Brasil trata os funcionários como se de crianças grandes se tratassem.


Decerto que o ministro das Relações Exteriores, George Chicoty, vai ouvi-lo e anotar os seus relatos. É certo que quando terminar a XI de chefe de Estado e de Governo da CPLP em Brasília, George Chicoty vai regressar a Luanda. Esperamos, pois, que, no final desta sua nob re missão, faça um favor à Comunidade Angolana: Que leve consigo o actual embaixador de Angola no Brasil, pois não mais faz falta (se é que algum dia fez!) à Comunidade Angolana.