Luanda - O médico Frederico Juliana, director provincial da Saúde do Huambo, que tinha sido detido na última terça-feira na capital do planalto central, foi posto em liberdade provisória na sexta-feira, sob o pagamento de uma «pesada caução».

Fonte: Ilidio Manuel

A fonte que prestou a informação não revelou o valor da caução, nem adiantou se foram adicionadas outras medidas cautelares, mais concretamente o termo de identidade e residência.

 

Admitiu, porém, que a detenção teria sido feita de forma «precipitada», com o objectivo, provavelmente, de «humilhar» o visado, uma vez que o processo está ainda a correr os seus trâmites na Procuradoria Provincial da República.

 

A fonte, que falou na condição de não ser identificada, explicou que o crime de peculato de que é acusado o gestor da Saúde «não está contemplado pela Lei da Amnistia, por «ter uma moldura penal superior aos 12 anos de prisão».

 

Desconhece-se se as duas trabalhadoras da Direcção das Finanças, que tinham sido detidas pelo seu suposto envolvimento neste caso, foram igualmente devolvidas à liberdade. Em relação aos valores que terão sido subtraídos, as fontes divergem: uma fala em 13 e outra em 130 milhões de Kwanzas.

 

Enquanto isso, uma fonte próxima ao director da Saúde negou o envolvimento do clínico Frederico Juliana no suposto crime de peculato, dizendo que ele estava a ser acusado «de forma injusta». E que visado iria provar, em sede própria, documentalmente a sua inocência. Desmentiu que o responsável da Saúde seja proprietário de vários empreendimentos dentro e fora do Huambo, incluindo uma «mega clínica» que estaria a ser erguida em M ́banza Congo. A fonte diz que acredita na justiça e que, cedo ou tarde, a verdade será reposta


Ao contrário do que se afirmou, Frederico Juliana não é natural da província do Zaire, mas sim do Uíge.