Luanda - O presidente José Eduardo dos Santos, felicitou ontem Donald Trump pela eleição para presidente dos Estados Unidos da América, esperando que o seu mandato impulsione um período de “maior diálogo e cooperação internacional”.

Fonte: Lusa

A informação surge numa nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República divulgada ao final da manhã, informando da felicitação dirigida por José Eduardo dos Santos a Donald Trump e dando conta da aspiração de que esta eleição “se traduza em prosperidade e felicidade para o povo americano”.


Ao mesmo tempo, este resultado eleitoral deve permitir “um período de maior diálogo e cooperação internacional”, capaz de “viabilizar a resolução dos problemas mais candentes da actualidade e propiciar mais paz e segurança” no mundo.


Na mesma mensagem é referida a vontade do chefe de Estado em “estreitar as relações de amizade e cooperação mutuamente vantajosas” entre Angola e os Estados Unidos da América.


A 17 de Outubro, na leitura do anual discurso do estado da Nação, o presidente responsabilizou a política externa dos últimos presidentes dos Estados Unidos pela instabilidade em África e no Médio Oriente, pedindo uma “neutralidade mais activa” às Nações Unidas.


No discurso na Assembleia Nacional, em Luanda, José Eduardo dos Santos responsabilizou directamente as administrações de George W. Bush e de Barack Obama.


“Cada um com a sua especificidade e com o beneplácito dos seus aliados”, disse.


Angola, o maior produtor de petróleo em África, é um tradicional aliado da Rússia, Cuba e mais recentemente da China, sendo actualmente membro não permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.


“Utilizando a força, os Estados Unidos levaram a cabo intervenções em várias partes do mundo para impor os seus valores políticos, com resultados adversos. Acabaram assim por gerar mais instabilidade no Médio Oriente, na Ásia e em África, onde não conseguiram nem impor a paz, nem desencorajar os movimentos terroristas”, afirmou José Eduardo dos Santos.


UNITA


A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) também felicitou a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América, sublinhando o exemplo da alternância no poder.


A posição foi ontem expressa pelo secretário para as Relações Exteriores da UNITA, o deputado Alcides Sakala, que considerou importante para Angola esse processo eleitoral norte-americano, numa altura em que o país se prepara para realizar eleições gerais, previstas para 2017.


“Desta vitória podem-se tirar-se lições importantes para Angola, como a importância do papel das instituições democráticas e da alternância do poder como factor de estabilidade”, disse Alcides Sakala.


Acrescentou que com estas eleições fica demonstrada, “a importância do povo se exprimir livremente em processos eleitorais organizados por órgãos independentes”.


CASA-CE


A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) considerou as eleições “livres, justas e transparentes” dos Estados Unidos da América uma “inspiração” para a instauração de uma democracia real no país.


A segunda maior força da oposição expressou ontem, numa carta do gabinete do líder daquela coligação, Abel Chivukuvuku, as suas felicitações ao presidente eleito Donald Trump e ao partido republicano dos Estados Unidos, pelos resultados alcançados nas eleições presidenciais de terça-feira.


Para a CASA-CE, “a retumbante vitória do partido republicano é o corolário de um engajamento sem igual”, que inspira dos angolanos “no combate para a implementação da democracia real.


“Ao qual estamos engajados para que as eleições gerais de 2017 em Angola seja livres, justas e transparentes e que o resultado das mesmas reflicta a verdadeira vontade do povo angolano”, refere uma nota distribuída hoje à imprensa.


O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, venceu as eleições, derrotando, contra o que previam as sondagens, a adversária democrata, Hillary Clinton.


No discurso de vitória, Donald Trump garantiu que será o presidente de todos os americanos e que é hora de os norte-americanos curarem as feridas da divisão e se juntarem “como um povo unido”.


Garantiu também que os Estados Unidos irão “dar-se bem com todas as Nações que queiram dar-se bem” com Washington.
Donald Trump venceu as eleições presidenciais norte-americanas, derrotando, contra o que previam as sondagens, a adversária democrata, Hillary Clinton.