Luanda  - COMUNICADO DO SECRETARIADO PROVINCIAL DA UNITA NA HUÍLA EM ALUSÃO AO 41o ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA

 
Caro cidadão!
De 1975 a 2016 são 41 anos de independência da nossa querida pátria.
 
 
O Secretariado Provincial da UNITA na Huíla, insta a opinião pública nacional e internacional, que passados 41 anos desde que Angola tornou-se independente, os angolanos fazem um balanço negativo, porquanto Angola de hoje estar muito aquém das expectativas do povo que consentiu enormes sacrifícios para o resgate da Pátria.
 
 
Os pais do nacionalismo angolano e Artífices da Independência de Angola, como Horden Roberto, Dr. Jonas Malheiro Savimbi e outros são excluídos da galeria dos heróis nacionais. 41 anos depois, constata-se com muita preocupação a ocorrência de estos de intolerância política que se consubstanciam na destruição e vandalização de símbolos do Partido UNITA, bem como actos de intimidação de cidadãos e transformação das autoridades tradicionais em activistas políticos do MPLA.
 
O país está sendo dirigido por uma equipa com políticas falhadas, consequentemente nota-se um elevado nível de pobreza das populações, a falta de alimentos, de água potável, energia eléctrica, a falta de assistência médica e medicamentosa, elevado índice de mortalidade que escapa ao controlo dos cidadãos.
 
 
A fragilidade do Estado ficou demonstrada pelas debilidades do sistema de saúde, pela institucionalização dos crimes de suborno, peculato, branqueamento de capitais e corrupção, pela não responsabilização dos agentes públicos envolvidos, pela incapacidade generalizada de prestar serviços básicos à população e de cumprir satisfatoriamente as tarefas fundamentais do Estado estabelecidas pela Constituição.
 
 
A baixa do preço de petróleo no mercado internacional veio provar que a estrutura da economia política angolana é insustentável e que a crise actual é o resultado dos erros acumulados da gestão danosa dos recursos públicos ao longo dos anos. O sistema financeiro está desacreditado porque tanto facilita os roubos ao erário público, a fuga de capitais e lavagens de dinheiro, como não tem liquidez e não garante o acesso legítimo às divisas à esmagadora maioria dos angolanos.
 
 
O país não produziu mais nem distribuiu melhor ao contrário do que tinha sido prometido. Apesar da propaganda do slogan “Angola está a subir”, as famílias sentem apenas que os preços é que estão a subir, a dívida pública é que está a subir, a taxa de telecomunicações é que está a subir, a corrupção é que está a subir, a repressão é que está a subir, a criminalidade e a insegurança consequentes também é que estão a subir, afectando a todas as famílias. O que não sobe são os salários. Quem afirmar que os rendimentos ou o poder de compra dos trabalhadores angolanos estão a subir, não conhece a realidade do sofrimento das famílias angolanas.
 
 
Nessa última legislatura ficou claro para todos que a nossa crise não vem da guerra nem da baixa do preço de petróleo. A nossa crise é estrutural. Resulta principalmente de uma concepção errada de Angola, de opções estratégicas erradas adoptadas desde 2002 e da gestão danosa dos recursos do país durante os 14 anos de paz. A nossa crise resulta da centralização do poder num só órgão do Estado, sem fiscalização, e da concentração da riqueza nacional numa só família AGORA, em tempo de paz. (in, discurso réplica do Presidente Samakuva).
 
 
O sofrimento do povo é tal que o governo pode ter os meios para silenciar a oposição e assegurar o controlo sobre os militares, mas já não pode travar o clamor nacional pela MUDANÇA. E toda a gente sabe que a força para mudar está nas suas mãos, o poder reside sempre em último lugar no povo, o grande desafio para Angola e os angolanos será o controlo do voto em 2017. Que todos angolanos e angolanas entendam que o seu interesse estará defendido quanto mais forem livres as eleições.
 
 
Para a mudança de regime em 2017, engajemo-nos todos nas tarefas de actualização do Registo Eleitoral. 
 
 
Lubango, 10 de Novembro de 2016.
 
 
O Secretariado do Comité Provincial da UNITA na Hula