Luanda  - É com bastante tristeza que a sociedade tem vindo acompanhar o nível de hipocrisia de alguns senhores considerados líderes religiosos em Angola. As religiões ganham um elevado previlégio em Angola visto que o país é um estado laico (CRA/2010, Artigo 10o), uma das condições que faz com que qualquer homem curioso cheio de sonhos espirituais, dorme diabo “mundano”e acorda santo “profeta” para por em prática o que sonhou. Mas é do nosso conhecimento que algumas igrejas e confissões religiosas realizam as actividades fora das leis da carta mágna do país, outras são graves perturbadores da ordem pública violando assim a alínea 3 do 10o Artigo da Constituição da República de Angola.

 
Fonte: Club-k.net
 
Será que na década 70 Deus não dava aos homens a possibilidade de sonharem para abriem igrejas? Ou os tais homens ainda não tinham nascido? A verdade é que, nos primeiros anos de Angola independente não existiam tantas igrejas, seitas e “becos do senhor”, mas hoje em dia Angola desde a paz efectiva de 2002 tem sido o púlpito dos enganos em nome de Deus através de homens que sonham e abriram igrejas, alegando ser encomenda de Deus, com pregações bíblicas cheias de mensagens baseadas tudo à favor dos líderes.
 
 
Actualmente as acções de alguns líderes religiosos refletem a semelhança do que aconteceu com as colonizações a nível mundo; o acto de ocupar, ter ou querer ocupar o que na realidade não pertence e nem deveria pertencer ao colonizador. 
 
 
Relatos individuais no quotidiano de crentes falsos, desesperados e angustiados religiosamente, captam dos pastores mensagens divinas cheias de figuras de estilo “mensagem com elevado acento agudo no irónico”, pedidos de elevados valores financeiros para ofertar ao senhor Deus, promessas de tratamentos, curas e promessas milagrosas utópicas que até Jesus Cristo filho único de Deus não chegou de operar. Uma retórica evangélica que renova e ressuscita esperanças dos crentes. Na verdade não é esta a intenção de Deus para com as suas escrituras.
 
Mas, no acto de concretizar as tais promessas, libertação, curas e outros milagres prometidos pelos homens que se dizem serem profetas de Deus não são concretizadas e pelo desespero e falsa confiança de alguns crentes, filhos espirituais dos líderes religiosos, chegaram ao ponto de viverem profundas maguas, frustrações e alguns morrem de desespero.
 
A igreja é uma das instituições nobre mais antigo da humanidade, é nela onde se aprende a fazer o bem e evitar o mal, mas muitos são os líderes pastores e clérigos que não fazem muito esforço para se alimentarem de maldades dentro e fora das conhecidas casas do senhor, são vários os sítios e sem horas em que os chefes religiosos em nome de Deus demonstram certos comportamentos reprováveis na sociedade, actos completamente negativos. O verdadeiro homem de Deus deve ser santo na alegria e na tristeza, na pobreza e na riqueza, na doença e na saúde, e se não for assim, muitos senhores responsáveis de igrejas cá na terra somam e somam nas suas vidas profundos actos negativos que lhes podem custar caos no inferno. Mas, importa realçar que há lideres que são verdadeiros seguidores de Jesus Cristo e das suas palavras, para estes desejo os melhores parabéns, por serem os verdadeiros modelos da sociedade.
 
 
Casos desta natureza não acontece somente cá em Angola, mas sim em vários países do continente e do mundo, acredito que essa procura de bem estar, bem viver por parte dos pastores é uma das características dos Estados subdesenvolvidos. O site www.portalreferencia.com na sua edição de 22 de Agosto de 2016 relatou o seguinte “Grupo denuncia que são contratados por Pastores para fingir milagres na Igreja”. Este caso decorreu no Estado de Enugu na Nigéria.
 
 
Portanto, nos relatos individuais e colectivos, destacam-se a real vida e mundo que alguns pastores e padres vivem, usando de forma abusiva os dinheiros e outros bens dos crentes em nome do verbo que se fez carne, lideres que priorizam as suas vidas para melhor forma de bem-estar pessoal.
 
 
Sou apologista que o poder político (Executivo, Legislativo e Judicial) de Angola, devem de forma urgente, controlar os demais elementos do Estado o povo e território, de modo a pôr ordem nesta desordem organizado que as igrejas têm criado e se possível serem responsabilizados pelos actos, porque muitas condutas apresentadas nas igrejas são indecorosas, violam algumas leis e os protagonistas destes actos deveriam ser punidos judicialmente.
 
“O pobre que furta outro pobre não irá para o céu e o rico que oferece para o pobre enganador também não irá para o pai celestial”.