Luanda - Oito funcionários do Hospital Américo Boavida (HAB), que tinham sido ilegalmente demitidos na vigência da anterior directora Constantina Pereira Machado Furtado, foram há cerca de três semanas readmitidos.

*Ilidio Manuel
Fonte: Facebook

A readmissão dos trabalhadores surgiu na sequência de um recurso por eles apresentado em Setembro último ao Presidente da República, depois das sucessivas recusas da sua reintegração por parte da ex-gestora do HAB.


Os funcionários em causa, na sua maioria enfermeiros, tinham sido demitidos há mais de dois anos, num processo ferido de legalidade, visto que a ex-directora não estava investida de competências para afastá-los da função pública. «Só o ministro tinha poderes para demiti-los!», lembra uma fonte sindical.


Apesar de várias orientações e recomendações no sentido de reintegrá-los, incluindo as do próprio ex-titular do pelouro, José Van-dúnem, consta que Constantina Furtado nunca aceitou que eles regressassem ao serviço.


Fontes familiares ao processo consideram que o reenquadramento dos funcionários, a coberto de «ordens superiores», «representa uma derrota pessoal para Constantina Furtado» que, à data dos factos, era directora do HAB. A então gestora hospitalar é citada como tendo dito em distintas ocasiões que a readmissão dos trabalhadores em causa só seria possível caso eles passassem sobre o seu cadáver.


A fonte do sindicato dos trabalhadores do HAB garantiu que o passo seguinte consiste na luta pelo pagamento dos salários em atraso, já que os visados tinham sido «abusivamente demitidos» da função pública.


Constantina Furtado exerce actualmente as funções de secretária de Estado para a área Hospitalar, desde Junho deste ano. A sua nomeação para preencher o cargo deixado por Carlos Alberto Masseca causou alguma surpresa, tendo ela beneficiado, ao que se diz, do facto de ser a única mulher dentre os vários candidatos a ocupar o referido lugar.