Washington –  O Presidente José Eduardo dos Santos (JES) e o Ministro da Defesa Nacional, João Gonçalves Lourenço denotam visões contrarias quando as medidas  de contenção de gastos no período de crise que o país vive resultado dos erros  de  gestão do executivo traduzido na chamada  “incompetência governamental”.

 
*Paulo Alvés
Fonte: Club-k.net
 
Quanto as políticas de contenção de gastos 
 
João Lourenço, por exemplo, foi citado pelo jornal  o  OPAÍS como tendo defendido que o período complexo que o país vive não permite gastos supérfluos e enfatizou a necessidade de uma maior gestão e transparência da coisa pública, de modo a que os recursos financeiros sejam empregues de forma justa e racional.
 
 
Ao contrario do que defende João Lourenço, o  presidente José Eduardo dos Santos faz  algo oposto. Ordenou, recentemente, o Ministério das Pescas a importar pescado e mariscos  de Portugal, no valor de um milhão de dólares, para o restaurante Lookal, situado na ilha de Luanda e sob gerência portuguesa.
 
 
O Lookal é um dos restaurantes mais caros de Luanda, muito frequentado por gestores portugueses que trabalham em Angola e pela elite política local.
 
 
Numa altura de grande crise financeira, altos funcionários do Estado interrogam-se sobre o que estará por detrás da priorização de importação de pescado para o referido restaurante. 
 
 
“Angola produz bastante peixe e marisco, mas o Lookal prefere servir importados de Portugal. Há hospitais sem seringas, mas há dinheiro para importar robalo para o Lookal.”, lamenta o conhecido analista Carlos André.