Lisboa - Um morador da centralidade do Kilamba de nome Divaldo Gomes está, desde o mês passado, a responder uma queixa-crime, após ter proferido "ameaças de morte" contra a cidadã Eunice Santos, por ter dado abrigo a esposa (de nome Marcia Herman) deste que conseguira escapar "das suas mãos" durante um acto de espancamento (violência doméstica). Como se não bastasse, Divaldo ainda teve a coragem de vandalizar a viatura da pacata cidadã que evitou o pior.
Fonte: Club-k.net
Instrutor do processo diz que a prova do crime desapareceu
O facto ocorreu no passado mês de Outubro quando a esposa deste [Divaldo Gomes] procurou, desesperadamente, ajuda a casa de Eunice Santos, que por sinal é sua amiga, após ter sido espancada pelo mesmo.
Insatisfeito, o agressor dirigiu-se revoltadamente (no dia 17 de Outubro) a casa onde a sua esposa se refugiou, com uma arma de fogo na mão, ameaçando a proprietária do imóvel. O pior só não aconteceu porque as duas vítimas não lhe abriram a porta.
Inconformado, o mesmo dirigiu-se ao parque de estacionamento onde se encontrava a viatura de Eunice e descarregou toda sua "fúria maléfica". Partiu os vidros e esquartejou os pneus, conforme mostram as imagens que o Club-K teve acesso.
Em reacção, Eunice Santos apresentou uma queixa-crime contra o "delinquente" que foi registado com o número 2670/16-CK, tipificado por “ameaças de morte e vandalização de viatura”.
Mediante a queixa-crime, a polícia deslocou-se ao local do episódio e efectuou a peritagem aos instrumentos que Divaldo utilizou para vandalizar a viatura de Eunice. Ao mesmo tempo, Divaldo Gomes foi notificado a depor. Durante a interrogação, ele terá negado as acusações (de porte de arma de fogo), admitindo apenas que esteve na casa da queixosa e que proferiu "ameaças de morte", um acto condenável no ordenamento jurídico angolano (Código Penal) a 2 anos de prisão e na Constituição da República de Angola.
Inversão do quadro
Porém, no sentido de inverter o quadro, o agressor Divaldo Gomes apresentou uma queixa contra Eunice acusando-a de a ter proferido ofensas verbais. No dia 19 de Outubro a mesma foi chamada a depor num processo que esta a ser instruído por um instrutor da esquadra do Kilamba identificado por Mário.
Os familiares da mesma tentaram neste dia saber como estava a decorrer o processo contra Divaldo Gomes e foram informados que estava extraviado. Dias depois foram informados que o mesmo apareceu, mas contudo os instrumentos (provas materiais) usadas por Divaldo para vandalizar a viatura de Eunice desapareceram misteriosamente dentro da unidade.
Há suspeitas de que o processo ficou extraviado por influência de um funcionário da esquadra do Kilamba, de nome “Jerónimo” que é amigo do agressor Divaldo Gomes. O Processo agora esta nas mãos de um procurador Nelson Lima que, entretanto, considerou não haver matéria de crime contra Divaldo Gomes.
Em meios que acompanham o assunto acredita-se das duas uma: ou o Procurador terá alinhado a uma corrente de agentes da esquadra do Kilamba que são vizinhos e amigos de Divaldo Gomes e que estão a fazer tudo para iliba-lo; ou então que o referido procurador tenha recebido um processo viciado.
“Os polícias amigos do Divaldo fizeram desaparecer o material de peritagem da esquadra por isso que o procurador, Nelson Lima está a dizer que não existem provas contra o agressor”, disse um familiar da vítima que prometem levar o caso as "instâncias superiores" para denunciar as "praticas abusivas" dos agentes da polícia do Kilamba que fazem desaparecer processos para inocentar amigos.
Os familiares de Eunice mostram-se preocupados uma vez que Divaldo Gomes é citado como tendo telefonado para a advogada de Eunice para proferir novas ameaças. As famílias receiam que ele volte para queimar a viatura da lesada e realizar a sua promessa de mata-lá.
Divaldo Gomes e esposa Marcia quando as coisas corriam bem