Zaire - Faço o apelo para o boicote da manifestação que foi convocada neste referido mês no dia 26, está minha atitude, acção ou acto enquadra-se no exercício da cidadania, porque não no exercício da democracia participação, claro que a constituição consagra a realização da manifestação, mas não obriga ao cidadão que se manifeste ou que não as boicote, aliás o boicote se enquadra no exercício da democracia participava. Porquê a um tempo pra cá têm surgido ou têm sido convocadas manifestações em Angola quase periodicamente? O que há concretamente por detrás destas manifestações? Se a lei permite que se manifeste, mas não impede ao cidadão de as questionar, de as boicotar ou de apelar para o boicote das mesmas. é nesta lógica que faço apelo para o boicote desta manifestação, mas porquê apelo para que a sociedade boicote esta manifestação?

 
Fonte: Club-k.net
 
Primeiramente para responder esta questão é essencial fazer uma retrospectiva sobre as manifestações em Angola ou fazer um recuo até ao ano em que eclodiu a primavera árabe, que por incrível que pareça começou pelo facto de um jovem Tunisino ter-se imolado, e esta acção ou acto desencadeou aquilo que podemos chamar de efeito borboleta, provocando inicialmente uma simples manifestação popular, mas com o passar de alguns dias, chegou atingir proporções alarmantes, e as reais intenções deste "movimento democrático ou pacifista" vieram a superfície, pois estes movimentos a tempo já vinham sendo constituídos a cobertos de acções cívicas, e estavam já enraizados nestas sociedades e só esperavam o apito inicial para entrarem em cena quer dizer, estes actos não ocorreram por acaso, pois está peça já estava montada muitos antes de eclodir as manifestações, e os mentores destas acções tinham e têm como objectivo principal fazer transições políticas por meio das manifestações, e muitos actores ao nível deste país e outros que vieram a seguir tiveram formações sobre "a acção não-violenta". Baseando-se na "bíblia da acção não-violenta". Este movimento que depois veio a ser baptizado de Primavera árabe, inicialmente para aqueles que não tinham um contacto directo com estes movimentos, era impensável que atingiria a proporção que teve e ainda continua a ter. Mas os mentores tinham já feito um trabalho de casa que dava-lhes garantia do sucesso desta acção.
 
 
Este movimento avançou para o Egipto e depois para Líbia, para depois voltar para o Egipto, actualmente está a pedra e cal na Síria e se estendeu em outras regiões encoberta de outras denominações, aliás no Egito este movimento por meio das ditas "acções não-violentas", varreu um presidente, e por incrível que pareça varreu mais o governo que sucedeu este presidente, mas hoje fazendo uma análise da primavera árabe, obriga a qualquer um questionar qual é o benefício que teve os povos destes países. Penso que, quem ficou a perder é o próprio povo destes países, mas há aqueles que se beneficiaram e continua a lucrar... aliás  há fontes que provam que antes mesmo da primavera árabe chegar a Líbia e a Síria já havia milícias treinadas... para puderem fazer face a estes governos...
 
 
Será que há ligações entre as manifestações que ocorreram na Primavera árabe e as que vieram a ocorrer em Angola? Seria uma desonestidade científica dizer que não existe nenhuma ligação, pois tanto o movimento que ocorreu na Primavera árabe como aqueles que vieram a ocorrer em Angola e continua embora com baixa intensidade a ocorrer, estão assentes na doutrina de "acção não-violenta", apregoada pelo aquele que já é considerado como o guru das manifestações ou o pai da "acção não-violenta", embora devamos reconhecer que antes dele já houve outros que defenderam estas acções, mas ele conseguiu estruturar estas ideias e as expôs no livro.
 
 
Um dos indicadores ou provas que leva-me a esta conclusão assenta no seguinte, há dias pude ler uma entrevista realizada pela RA (Rede Angola) que teve como entrevistado um dos actores ou mentores das manifestações que ocorreram e continua a tentar dar sequência embora com baixa intensidade em Angola, onde o mesmo chegou a afirmar... se foi por descuido ou faz parte da estratégia... "que tivera ido ao institute Albert Einstein (Instituto Albert Einstein), beber um pouco da fonte ou do berço da acção não-violenta", este dado é muito importante, pois deixa cair a mascara ou deixa cair por terra aquelas teses que foram e continua ser defendidas por algumas correntes, dizendo "que se tratou simplesmente de uma leitura do livro!", aliás quem preside ou é fundador do Instituto Albert Einstein? e quais são as acções concretamente que realiza? 
 
 
Este dado mostra claramente ou expõe os reais mentores das ditas "manifestações pacíficas". Penso que, para um patriota acima de tudo está a Pátria e não a pode trocar ou vender, pois muitos presumíveis patriotas encobertos pelos dizeres que pretendem ou estão a "libertar o país dos opressores", mas na realidade são os vende Pátria, os reais opressores, e a história se encarregará de provar isso, pois normalmente os arquivos chegam sempre ao público, e os nomes destes ditos "pacifistas" hão-de aparecer nestes arquivos... só um ingénuo ainda poderá alinhar-se a estas... pois servem interesses... hoje "qualquer um" já tem a certeza absoluta das reais motivações que desencadearam a Primavera árabe e as outras insurreições que ocorrem por outras partes.
 
 
Nesta euforia de "libertarem a Pátria", há uma manifestação que antes de ocorrer já ta dar que falar muito, devido aos presumíveis mentores ou aqueles que convocaram a referida manifestação, a questão que levanto este acto embora sendo ela consagrada na nossa constituição, será materializada de que forma, hão-de percorrer algumas artérias da cidades ou ficaram no determinado lugar? A manifestação terminará no mesmo dia ou há-de manter-se, até vejam solucionadas as preocupações que levantam?
 
 
Outrora alguns grupos ao nível de África e não só tiveram sido financiados para o derrube de governos considerados hostis, mas a um dado tempo se chegou a se optar pelo "golpe suave" assente na doutrina da "acção não-violenta", entretanto as manifestações se transformam numa das armas mais letais para as transições políticas, pois envolve dum lado civis sem nenhuma defesa e de outro lado forças policiais, e regra geral além destas manifestações ter como objectivo criar um facto político, têm um lado mais negro pois visa ou tem finalidade para que haja percas de vidas de civis, para depois se invocar a violação dos direitos humanos e qualquer um de bom senso sabe quais as implicações que depois advém...
 
 
A doutrina da "acção não-violenta", esta assente no Principio defendido pelo Maquiavel que diz: "os fins justificam os meios", Está manifestação foi convocada pois os mentores alegam que há denegação da justiça por parte do Tribunal Supremo, mas na realidade as reais intenções ou objectivos estão ou a muito tempo já foram descobertos, só um distraído ou um ingénuo não percebe...
 
 
Angola precisa que todos jovens, mais velhos a defendam, pois hoje temos a Síria onde a instabilidade começou pelas ditas "manifestações pacíficas", hoje está em ruínas. Por isso caro jovem se amas este país que já sofreu por vinte sete anos de uma guerra Civil tão sangrenta diga não as manipulações, diga não a insurreição... Pois no fim de tudo é tu jovem que viverá na pele, as consequenciais  destas atitudes irresponsáveis. Claro que tudo ainda não está feito ou ainda não foi feito para que a juventude possa ter mais empregos, escolas, etc. Mas as manifestações não criam empregos, não constroem escolas, hospitais, etc. Abre o olho... depois os ditos pacifistas são os primeiros a exilarem-se. Pois embora as manifestações sejam um mecanismo de pressão, mas os seus efeitos colaterais são nefastas.
 
 
Por isso se amas este país diga não a manifestação convocada para o dia 26 de Novembro do ano em curso ou boicota a mesma.